Queridos irmãos e irmãs, está se aproximando a festa do Natal, dia em que celebramos o nascimento de Jesus, o Verbo Esterno de Deus Pai, que se encarnou e veio habitar em nosso meio (Jo 1,14). O nascimento de Jesus é a resposta de Deus a um mundo que tenta caminhar sem Ele.
De fato, irmãos e irmãs, todos os anos, ao celebrarmos a festa no nascimento de Jesus, celebramos a misericórdia de Deus que toca a criação, restaurando sua condição primeira de pureza perdida com o pecado. São as primeiras letras desenhadas da Nova e Eterna Aliança que será selada com a paixão, morte e ressurreição desse mesmo Jesus, que nasce para nos dar esperança de Salvação.
Infelizmente, nossa sociedade vê nessa data um motivo para lucrar em cima de tradições belíssimas, como o de oferecer presentes, recordando o gesto dos reis magos. Um gesto de carinho, de gratuidade, de misericórdia, transformou-se numa oportunidade de lucro sem sentido, esvaziando o verdadeiro significado do Natal. Retirou-se o Cristo do centro da festa, substituindo-o pela figura mítica do bom velhinho de barbas longas, brancas, com roupa vermelha, gordinho, de rosto rosado. Ou seja, a sociedade ressignificou a festa do Natal. Jesus virou só um detalhe. O aniversariante ficou em segundo plano, e o penetra da festa ganhou destaque.
Chamo a atenção para este fato, para que, em nossas casas, em nossos corações, haja um espaço privilegiado para Aquele que, gratuitamente, se entregou por cada um de nós. Neste Natal celebremos com amor e respeito a bondade de Deus para conosco, seu amor para com cada um de nós. Um Amor que tomou forma humana, que caminhou entre nós, que manifestou a Luz divina, dissipando em nós as trevas do pecado, da indiferença, da divisão, do egoísmo.
Que neste Natal, possamos, em família, fazer memória da Misericórdia de Deus para conosco.
Maria, mãe do Deus feito homem, ensine-nos a acolher o Cristo em nossos corações como ela o acolheu em sua vida.
Que todos tenham um Santo Natal!
Pe. Dayvid