“No momento em que escolheu ocupar-se dos jovens neste Sínodo, a Igreja no seu conjunto fez uma opção muito concreta: considera esta missão uma prioridade pastoral decisiva, na qual deve investir tempo, energias e recursos. Desde o início do caminho de preparação, os jovens manifestaram o desejo de ser envolvidos, valorizados e sentir-se coprotagonistas da vida e missão da Igreja. Reconhecemos, nesta experiência, um fruto do Espírito que não cessa de renovar a Igreja e a chama a praticar a sinodalidade como forma de ser e agir, promovendo a participação de todos os batizados e pessoas de boa vontade, cada qual segundo a própria idade, estado de vida e vocação”. (Documento Final do Sínodo dos Jovens, 119).
Em 2018, a 15ª edição do Sínodo dos Bispos foi dedicada aos jovens, com o tema “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”, reforçando a “importância pastoral que a Igreja dá aos jovens”. Depois da conclusão do Sínodo, o Documento Final trouxe uma importante solicitação: que fosse constituído um “órgão para representar os jovens em nível internacional (123)”.
Assim nasceu o Corpo Consultivo Internacional da Juventude criado pelo Dicastério para os Leigos, a Família e Vida, em 24 de novembro de 2019, com a participação de jovens de diversos países, incluindo o brasileiro Lucas Ricardo Marçal Ramos (Fazenda da Esperança).
Este Corpo Consultivo passou a ser chamado também como “Observatório Internacional dos Jovens” e na prática as atividades do Observatório incluem apresentar ao Dicastério as ideias e iniciativas dos jovens, bem como suas expectativas e preocupações. É importante ressaltar – especialmente nesta data em que se comemora o Dia Mundial da Juventude (30 de março) – o papel do Observatório enquanto órgão de representatividade mundial das expressões juvenis.
“Em 2019 quando foi anunciada a criação do observatório, foi feita também a nomeação dos primeiros 20 jovens que irão colaborar nesse trabalho ao longo de três anos. A importância desse Organismo está justamente no fato de desempenhar um papel consultivo e proativo, colaborando com o Dicastério para aprofundar questões relacionadas à pastoral juvenil e outras questões de interesse geral”, comenta Lucas.
Com pouco mais de um ano de existência, o Observatório já realizou algumas reuniões de forma online por conta da pandemia – a primeira delas contou com a presença do Cardeal Kevin Farrell, prefeito do Dicastério. Até o momento, os jovens tem participado de reuniões mensais (ou a cada dois meses) com o secretário do Dicastério os Leigos, a Família e a Vida, Padre Alexandre Awi Mello, I. Sch., e estão divididos em grupos de trabalho que envolvem: Mídias Sociais JMJ, Congresso Internacional, Implementação do Synact (plataforma online), Encontro Online da Juventude, e, Formação da Juventude.
Sobre o trabalho realizado até aqui, Lucas avalia: “No início foi um desafio encontrar um horário [para as reuniões] que fosse fácil para todos, já que temos pessoas de todas as partes do mundo e também a comunicação por conta dos diversos idiomas. Aos poucos fomos descobrindo ferramentas que pudessem nos aproximar e ajudar. Do ponto de vista mais pessoal, procuro sempre ter como referência o nosso modelo de Pastoral Juvenil no Brasil e a minha experiência particular nos diversos trabalhos com a juventude que já tive a oportunidade de colaborar”.
Atualmente Lucas integra as equipes do Encontro Online para Juventude e das Mídias Sociais da JMJ. “Hoje estou como coordenador do grupo para o Encontro e elaboramos um formulário online onde cada membro tem perguntas e sugestões que podem fazer. Este será nosso documento de trabalho. Após todos terem respondido, iremos fazer uma reunião online para organizar uma primeira proposta sobre o Encontro a fim de apresentar ao Dicastério. E também faço parte da equipe das Mídias Sociais para a para JMJ Lisboa 2023”.
Fonte: Jovens Conectados
Foto: Vatican News
Source: Diocese