Estamos no mês do dízimo em nossa Diocese e, embora enfrentando as dificuldades da pandemia da Covid-19, altos preços, desemprego, fome e outros reveses, vale a pena reconhecermos a grandeza do Dízimo, relacioná-lo com a missão e também agradecer a todos que mantém vivo esse gesto de amor, sem medir esforços.
Os bispos do Brasil, em 2016, afirmaram que “a missão pede entrega, doação, generosidade” e, consequentemente, “o modo como uma comunidade sustenta a ação evangelizadora não é indiferente para seu discipulado missionário e para o seu crescimento na fé” (CNBB, O Dízimo na comunidade de fé: orientações e propostas). O dízimo tem raiz bíblica e expressa compromisso de fé e amor fraterno. Não é garantia de privilégios na comunidade, mas decisão consciente do cristão. “A Igreja não estabelece como lei nenhum
percentual predefinido” (CNBB, O Dízimo na comunidade de fé: orientações e propostas, n.10). Não podemos, porém, reduzir o dízimo a arrecadação de recursos para a manutenção das estruturas eclesiásticas, mas compreendê-lo à luz do reconhecimento do senhorio de Deus, da atenção aos mais necessitados (cf. Dt 14,28- 29; 26,12-13), do comprometimento com a fé, do serviço aos outros, e muitos outros aspectos.
O dízimo possui dimensões religiosa, no correto uso dos bens materiais; elesial, na consciência do ser Igreja; missionária, na fraternidade entre comunidades; caritativa, no cuidado com os pobres e necessitados (CNBB, O Dízimo na comunidade de fé: orientações e propostas, n. 28-32).
Viver o mês do dízimo e incentivar este gesto tão importante só alcançarão sua eficácia a partir do momento em que a fé e a inserção na comunidade forem realmente incentivadas, à luz daquilo que, em nossa Diocese, assumimos como cultura e espiritualidade do acolhimento. Dízimo é consequência da fé. Anunciemos Jesus com ardor e procuremos colocar em prática aquilo que ouvimos dele e que celebramos ao longo de nossa vida!
Para saber mais: recomendamos a leitura e o estudo do Documento 106 da CNBB: “O Dízimo na comunidade de fé: orientações e propostas”. 2016
*Equipe de Redação do ABC Litúrgico
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