A Coleta do Óbolo de São Pedro acontecerá no próximo domingo (04/07), durante a Solenidade de São Pedro e São Paulo Apóstolos celebrada em todas as 106 paróquias da Diocese de Santo André.
A iniciativa representa a ajuda econômica que os fiéis oferecem ao Santo Padre, como sinal de adesão à solicitude do Sucessor de Pedro relativamente às múltiplas carências da Igreja universal e às obras de caridade em favor dos mais necessitados. Uma prática muito antiga que chega até os nossos dias. Saiba mais pelo site: www.obolodisanpietro.va
Em recente entrevista publicada no Vatican News, o Prefeito da Secretaria para a Economia, o jesuíta Juan Antonio Guerrero Alves, explica como são utilizados os fundos coletados do Óbolo de São Pedro: as intervenções caritativas e a contribuição para o serviço do Papa às Igrejas no mundo. “A caridade, naturalmente, é oferecer doações às Igrejas locais, instituições, famílias ou pessoas necessitadas. Mas não se trata somente de dinheiro que chega a Roma e que o Vaticano distribui em diversas partes do mundo para obras de caridade. Esta é uma parte da finalidade do Óbolo. Ou seja, há doações para o Óbolo que chegam e são imediatamente distribuídas nos lugares onde há necessidade”, salienta.
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Missão de unidade na caridade
De acordo com padre Guerrero, é importante explicar e compreender que parte da caridade do Papa diz respeito à sua missão de unidade na caridade, que ele realiza através dos dicastérios e instituições da Cúria Romana a serviço da Igreja universal. “Uma parte do orçamento de alguns dicastérios é destinada a ajudar as Igrejas necessitadas e em situações humanas difíceis, mas isso geralmente não é a parte principal de sua missão, que é a de oferecer seu serviço específico à Igreja universal”, elucida. Segundo ele, estas instituições da Cúria não têm renda própria e geralmente não recebem compensação financeira por seus serviços.
“Pensemos no serviço da unidade da fé, na liturgia, nos tribunais da Igreja, na comunicação do Papa, no cuidado do patrimônio recebido ao longo dos séculos na Biblioteca ou nos Arquivos, onde documentos importantes da história da humanidade são conservados, as representações papais no mundo, etc., etc. Estes serviços prestados à Igreja universal não geram renda e são parcialmente financiados pela coleta do Óbolo”, sintetiza.
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Importância da doação
Por fim, padre Guerrero, destaca que é importante colaborar com a coleta do Óbolo de São Pedro porque não podemos pensar que a missão da Igreja possa ser sustentada sem a contribuição dos fiéis.
“A proclamação do Evangelho em todo o mundo, com tudo o que isso implica, pressupõe uma estrutura de apoio. A Igreja sempre viveu desta maneira. Como disse o Papa Francisco em sua mensagem às Pontifícias Obras Missionárias, a Igreja sempre foi em frente graças ao óbolo da viúva, à contribuição de inúmeras pessoas que são gratas pelo dom da fé e que dão o que podem. Já no início da Igreja, São Paulo promoveu uma coleta em favor da Igreja em Jerusalém (cf. 1 Cor 16,1). Em suas cartas, o Apóstolo dá alguns critérios centrados no princípio da comunhão das diversas comunidades da única Igreja”, recorda.
Tradição secular
A prática de apoiar materialmente as obras de caridade é muito antiga – lê-se no site do Óbolo – e começou com o próprio Cristianismo, na dedicação e no cuidado dos mais necessitados. No final do século VIII, os anglo-saxões, após sua conversão, decidiram enviar anualmente uma contribuição ao Papa. Assim nasceu o “Denarius Sancti Petri” (Esmola a São Pedro), que logo difundiu-se por toda a Europa. Depois de muitas vicissitudes, foi Pio IX, com a Encíclica Saepe venerabilis de 5 de agosto de 1871, a instituí-lo como prática.
Fonte: Com informações do Vatican News
Source: Diocese