NOSSA SENHORA DAS DORES
(branco, seq. facultativa, pref. de Maria, – ofício da memória)
Simeão disse a Maria: Teu filho será causa de queda e de ressurreição para muitos. Ele será sinal de contradição, e teu coração será transpassado como por uma espada (Lc 2,34s).
A devoção a Nossa Senhora das Dores encontra seu fundamento em diversas passagens dos Evangelhos, por exemplo nas palavras proféticas do velho Simeão: “Uma espada vai atravessar tua alma” (Lc 2,35). As dores de Maria estão intimamente ligadas à vida de Jesus. Por esta celebração, somos convidados a reviver o momento decisivo da história da salvação.
Primeira Leitura: Hebreus 5,7-9
Leitura da carta aos Hebreus – 7Cristo, nos dias de sua vida terrestre, dirigiu preces e súplicas, com forte clamor e lágrimas, àquele que era capaz de salvá-lo da morte. E foi atendido, por causa de sua entrega a Deus. 8Mesmo sendo Filho, aprendeu o que significa a obediência a Deus por aquilo que ele sofreu. 9Mas, na consumação de sua vida, tornou-se causa de salvação eterna para todos os que lhe obedecem. – Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial: 30(31)
Salvai-me pela vossa compaixão, ó Senhor Deus!
1. Senhor, eu ponho em vós minha esperança; / que eu não fique envergonhado eternamente! / Porque sois justo, defendei-me e libertai-me, / apressai-vos, ó Senhor, em socorrer-me! – R.
2. Sede uma rocha protetora para mim, / um abrigo bem seguro que me salve! / Sim, sois vós a minha rocha e fortaleza; / por vossa honra, orientai-me e conduzi-me! – R.
3. Retirai-me desta rede traiçoeira, / porque sois o meu refúgio protetor! / Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito, / porque vós me salvareis, ó Deus fiel! – R.
4. A vós, porém, ó meu Senhor, eu me confio / e afirmo que só vós sois o meu Deus! / Eu entrego em vossas mãos o meu destino; / libertai-me do inimigo e do opressor! – R.
5. Como é grande, ó Senhor, vossa bondade, / que reservastes para aqueles que vos temem! / Para aqueles que em vós se refugiam, / mostrando, assim, o vosso amor perante os homens. – R.
Evangelho: João 19,25-27
Aleluia, aleluia, aleluia.
Feliz a Virgem Maria, que, sem passar pela morte, / do martírio ganha a palma, ao pé da cruz do Senhor! – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, 25perto da cruz de Jesus, estavam de pé a sua mãe, a irmã da sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. 26Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe: “Mulher, este é o teu filho”. 27Depois disse ao discípulo: “Esta é a tua mãe”. Daquela hora em diante, o discípulo a acolheu consigo. – Palavra da salvação.
Reflexão:
A celebração litúrgica das Sete Dores da Virgem foi acolhida no calendário romano pelo papa Pio VII (século XVII). Pio X fixou a data definitiva para 15 de setembro, conservada no atual calendário litúrgico, que mudou o título da festa: de Sete Dores de Maria para Nossa Senhora das Dores. A paixão de Maria se concentra na cena em que ela está de pé junto à cruz de seu Filho. Sabemos, porém, que Maria, durante toda a sua vida, com seu coração de Mãe, conheceu e experimentou o sofrimento ao ver seu Filho rejeitado pelos adversários. Por isso a devoção popular enumerou os principais momentos dolorosos de Maria, suas Sete Dores: a profecia de Simeão, a fuga para o Egito, a perda de Jesus, o caminho para o Calvário, a crucificação, a deposição da cruz, o sepultamento de Jesus.
Oração
Ó Jesus crucificado, na tua hora derradeira, sob o fogo de indizíveis dores, tiveste a solidária presença de tua santa Mãe. Queremos também nós, Senhor, no sofrimento e na hora de nossa morte, contar com a força de Maria Santíssima, que a Igreja achou por bem invocar como Nossa Senhora das Dores. Amém.(Dia a dia com o Evangelho 2021 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
FONTE: PAULUS
Source: Igreja no Mundo