Celebrar 20 anos de sacerdócio é comemorar uma trajetória de vida dedicada especialmente para servir à Igreja, fazer o bem ao próximo, ganhar corações e mentes para Cristo e promover o Reino de Deus neste mundo.
Na Diocese de Santo André, a sinodalidade sempre fez parte das vidas dos padres Flávio Gomes de Alcântara, João José de Sousa e Rogério Duarte Irmão, que caminharam e foram ordenados juntos naquele 2 de dezembro de 2001, na Paróquia Santo Antônio da Vila Alpina, em Santo André, pela imposição das mãos do até então saudoso bispo Dom Décio Pereira (1940-2003). Na mesma data, o Frei Carlos Alberto de Queiroz, OFM Conv. dizia o “sim” a Jesus Cristo, na Catedral Nossa Senhora da Piedade, em Lorena (SP), na ordenação presbiteral conduzida pelo até então bispo de Lorena, Dom João Hipólito de Morais (1924-2004). Nesta quinta (02/11), os quatro completam duas décadas de ordenação presbiteral.
Conheça a caminhada de cada um deles:
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Padre Flávio Gomes
“A vida vale tanto quanto será gasta por aqueles que nunca amamos o bastante” (Pe. Nicola Silvestri, 1940-2020)
Pe. Flávio Gomes de Alcântara nasceu no dia 20 de fevereiro de 1973, na cidade de Diadema (SP). Completando 20 anos de trajetória como sacerdote, ele revela quando foi tocado no coração para ser padre e que nunca pensou em exercer outra profissão em sua vida. “Sou natural de Diadema. Minha paróquia de origem é a Paróquia Nossa Senhora das Graças. Não tínhamos padre. Na hora da comunhão fazíamos adoração. Eu queria comungar e a freira responsável pela comunidade dizia: “se ninguém quiser ser padre não teremos Eucaristia no futuro”. Eu acho a Eucaristia a maior riqueza e decidi ser padre por isto. Era ainda criança, com 12 anos, e nunca pensei ter outra forma de vida”, atesta Pe. Flávio, que chegou a cursar o Senai e se formar como mecânico hidráulico e pneumático.
Em sua caminhada sacerdotal, Pe. Flávio atuou nas seguintes paróquias: Paróquia São Geraldo Magella (Região São Bernardo – Centro); Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe (Região São Bernardo – Anchieta); Quase Paróquia Santa Luzia /Paróquia Santa Luzia (Região São Bernardo – Anchieta); Catedral Nossa Senhora do Carmo; Paróquia São João Batista (São Caetano); Paróquia San Giovanne Vangelista (Itália) e Paróquia San Giacomo Maggiori (Itália), na Diocese de Ímola; Paróquia Nossa Senhora do Bom Parto (Região Santo André – Utinga); em janeiro de 2013 assume como pároco da Paróquia Sagrado Coração de Jesus (Região Santo André – Centro); desde dezembro de 2015 atuava como pároco da Paróquia São Camilo de Léllis (Região Santo André – Utinga); depois de cinco anos e dois meses, Pe. Flávio assumiu a Paróquia Santo Antônio, em São Caetano, no dia 14 de março de 2021.
Na Diocese de Santo André foi diretor da Escola Diaconal e coordenador da Região Pastoral Santo André – Centro; Professor de Bíblia e Teologia Sistemática no Instituto de Teologia da Diocese de Santo André.
Pe. Flávio é fã de toda música boa e bonita. “Gosto muito de teatro e cinema, apesar de não frequentar ambos há muito tempo”, conta. Aprecia todos os esportes, apesar de não ser praticante de nenhuma modalidade, e torce para o Corinthians.
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Padre Joãozinho
“O caminho vocacional começou na minha adolescência. Desde novo eu já tinha este desejo pela vocação sacerdotal, mas o que me levou a entrar no seminário realmente foi o chamado de Deus em meu coração, consequência e fruto de uma vivência dentro da comunidade. Após a Crisma, em 23 de maio de 1992 percebi que algo diferente soava no meu interior durante 11 dias e que eu sentia que era o chamado de Deus. Meu primeiro encontro vocacional foi em 22 de maio de 1993.”
Esse foi o chamado de Deus na vida do Pe. João José de Sousa, que nasceu no dia 17 de abril de 1972, em Mandaguari (PR). Filho de José Antônio Sobrinho (in memoriam) e Terezinha Claudino, Pe. Joãozinho tem cinco irmãos: José Carlos de Sousa, Arlindo Antônio de Sousa, Teresinha Claudino de Sousa, Solange Claudino de Sousa e Marcelo José de Sousa. É formado em Filosofia pela Faculdade Associados do Ipiranga (FAI), e Teologia, pela Faculdade Nossa Senhora da Assunção.
“A minha principal motivação vocacional é o exemplo deixado pelo Mestre: a disponibilidade de servir o próximo e estar à disposição da Igreja na nossa Diocese”, conta Pe. Joãozinho, que se recorda da celebração de sua primeira missa, no dia 9 de dezembro de 2001, na Paróquia Sant’Ana, em Ribeirão Pires. Ele revela que, caso não fosse padre, seria motorista de ônibus ou professor.
Em sua caminhada sacerdotal, Pe. Joãozinho atuou nas seguintes paróquias: vigário paroquial da Paróquia Imaculada Conceição, a Igreja Matriz de Mauá (2002); administrador paroquial da Paróquia Santo Agostinho, em Diadema (fevereiro de 2003 a agosto de 2004); pároco da Paróquia São Francisco de Assis, em São Caetano do Sul (setembro de 2004 a abril de 2010); pároco da Paróquia Nossa Senhora da Salete (abril de 2010 a novembro de 2015); pároco da Paróquia Santa Luzia e Santo Expedito (novembro de 2015 a novembro de 2017); e primeiro pároco da Paróquia Jesus Pastor, em Mauá, desde o dia 3 de dezembro de 2017 até os dias atuais.
Na Diocese de Santo André exerceu as funções de assessor diocesano da Pastoral Carcerária, de 2003 a 2013; assessor diocesano da Pastoral da Sobriedade, de 2005 a 2008; e assessor do Movimento da Mãe Peregrina de Schoenstatt.
Entre seus hobbies, Pe. Joãozinho é um grande apreciador do sertanejo raiz, tem entre seus filmes favoritos Santo Padre Pio e é fã da atriz Fernanda Montenegro. Seu clube do coração é o Corinthians e indica o livro: Santa Teresinha do Menino Jesus – História de uma Alma (Prefácio de Frei Patrício Sciadini – Edições Loyola).
Cita duas viagens marcantes: o Egito e a Terra Santa, e dois versículos bíblicos que norteiam a sua vida: “Não tenhas medo! De hoje em diante, tu serás pescador de homens!” (Lc 5, 1-11) e “Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância” (Jo 10,10).
Padre Rogério Duarte
“O meu pároco de origem, Pe. Igino Tonon, padre do Projeto Igrejas Irmãs (dioceses de Santo André e Caxias do Sul), foi uma inspiração para mim. Eu admirava sua dedicação, mas não achava que fosse capaz de me dedicar como ele. Num retiro de carnaval, eu e o Pe. Igino conversamos bastante, e suas palavras ficaram na minha memória! Então, decidi procurar a Pastoral Vocacional da Diocese. Na época, Pe. Airton, atual arcebispo de Mariana (MG), era o reitor da filosofia e promotor vocacional. Fiz a pastoral vocacional no ano de 1994 e, em fevereiro de 1995, ingressei no seminário diocesano.”
Essa breve história foi o despertar e o início da trajetória rumo ao sacerdócio do Pe. Rogério Duarte Irmão, que nasceu no dia 5 de outubro de 1970, na cidade de Mauá (SP). “Eu pensei em ser professor antes do seminário, mas hoje não me imagino fora do ministério. Hoje respondo com convicção: se eu não fosse padre, eu com certeza iria querer ser padre!”, reafirma.
Entre seus hobbies, Pe. Rogério gosta de fazer caminhadas, de um bom jogo de futebol: “sou corintiano” e possui um gosto musical bem diversificado. “Aprecio MPB, música clássica e rock clássico, como Elvis Presley, Beatles e Rolling Stones”, atesta. Uma viagem marcante foi para a Terra Santa, em agosto de 2012. “Ainda trago na memória as visitas a Belém e Caná!”
Uma passagem que toca profundamente o seu coração é o evangelho de Lucas, no capítulo 15, sobre o filho pródigo. “Eu acho que esta passagem seria melhor intitulada o pai misericordioso. Inclusive, eu tenho o quadro de Rembrandt (1606-1669) com este tema”, revela.
Em sua caminhada como presbítero, Pe. Rogério atuou nas seguintes paróquias: Nossa Senhora de Guadalupe (Região SBC – Anchieta), de 2002 a 2004 (vigário paroquial), e de 2004 a 2008 (pároco); Senhor Bom Jesus de Piraporinha (Diadema), em 2009 (vigário paroquial); Santa Edwiges (São Bernardo – Rudge Ramos), de 2009 a 2011 (administrador paroquial); Nossa Senhora das Graças (São Caetano), em 2012 vigário paroquial; São Francisco de Assis (São Caetano), de 2012 a 2015 (pároco); São Sebastião, de 2015 a 2021 (pároco), e São Judas Tadeu, em 2019 (administrador paroquial) . No dia 31 de outubro de 2021, Pe. Rogério assumiu como pároco da Paróquia São João Batista, no Riacho Grande (Região São Bernardo – Anchieta)
Também foi reitor do Seminário de Filosofia, de 2004 a 2011; reitor do Seminário de Teologia, de 2011 a 2015; e na assessoria da IAM (Infância e Adolescência Missionária) e da Comissão do Testemunho de Comunhão; e coordenador da Região Pastoral Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, de 2018 a 2021.
Frei Carlos Queiroz
“A quem iremos Senhor, somente tu tens palavra de vida eterna” (Jo 6, 68)
Filho de José Anacleto de Queiroz e Maria Apparecida de Queiroz, Frei Carlos Alberto de Queiroz nasceu no dia 4 de maio de 1966, na cidade de Lorena (SP). Ingressou no postulantado dos Frades Menores Conventuais, no ano de 1994, em Curitiba (PR). “Dois pontos que fizeram deixar tudo e seguir a vida religiosa franciscana: o serviço aos mais pobres e a vida de São Francisco de Assis”, confidencia.
Frei Carlos possui licenciatura em Filosofia, bacharelado em teologia e psicologia, e pós graduação em psicologia junguiana. “Caso não fosse religioso e presbítero, com certeza teria continuado sendo agente florestal do IBAMA, pois este era meu trabalho antes de ingressar no seminário”, argumenta.
Em sua caminhada sacerdotal, Frei Carlos foi pároco nas paróquias Nossa Senhora do Rosário, em Itaberaba (BA); Imaculado Coração de Maria, em Boa Vista do Tupim (BA); vigário no Santuário Senhor do Bonfim, em Santo André, e desde dezembro de 2019 como pároco da Paróquia Maria Imaculada, também em Santo André.
Foi coordenador de Pastoral na Diocese de Ruy Barbosa (BA) e atualmente é membro da Comissão para a Tutela de Menores e Pessoas em Situação de Vulnerabilidade da Diocese de Santo André.
Entre seus hobbies, Frei Carlos aprecia leitura. Indica o livro Eu Francisco (Carlos Carreto). Também admira o escritor Rubem Alves (1933-2014). Sobre o filme, cita As Cruzadas (Série. Doc). Gosta de uma boa MPB. Seus cantores e compositores favoritos são Oswaldo Montenegro e Elomar. É torcedor do Corinthians e vôlei é o esporte de sua preferência. Sua viagem marcante foi para o Vale do Pati – Chapada Diamantina, na Bahia.
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Source: Diocese