SÃO JUSTINO, MÁRTIR
(vermelho, pref. da Ascensão, ou dos mártires, – ofício da memória)
Os pagãos me contaram suas fábulas, mas nada valem perante a vossa lei. Diante dos reis, falei de vossa aliança sem me envergonhar, aleluia! (Sl 118,85.46)
Justino viveu na Palestina, no 2º século. Filósofo, após longa busca em “todas as filosofias”, abraçou a verdadeira doutrina. Em defesa do cristianismo, escreveu duas Apologias, preciosos documentos da história da Igreja primitiva. Denunciado por ser cristão, confessou sua fé em Cristo diante do prefeito de Roma, que o condenou à morte. Corria o ano 165.
Primeira Leitura: Atos 20,28-38
Leitura dos Atos dos Apóstolos – Naqueles dias, Paulo disse aos anciãos da Igreja de Éfeso: 28“Cuidai de vós mesmos e de todo o rebanho, sobre o qual o Espírito Santo vos colocou como guardas para pastorear a Igreja de Deus, que ele adquiriu com o sangue do seu próprio Filho. 29Eu sei, depois que eu for embora, aparecerão entre vós lobos ferozes, que não pouparão o rebanho. 30Além disso, do vosso próprio meio aparecerão homens com doutrinas perversas que arrastarão discípulos atrás de si. 31Por isso, estai sempre atentos: lembrai-vos que durante três anos, dia e noite, com lágrimas, não parei de exortar a cada um em particular. 32Agora, entrego-vos a Deus e à mensagem de sua graça, que tem poder para edificar e dar a herança a todos os que foram santificados. 33Não cobicei prata, ouro ou vestes de ninguém. 34Vós bem sabeis que estas minhas mãos providenciaram o que era necessário para mim e para os que estavam comigo. 35Em tudo vos mostrei que, trabalhando desse modo, se deve ajudar os fracos, recordando as palavras do Senhor Jesus, que disse: ‘Há mais alegria em dar do que em receber’”. 36Tendo dito isso, Paulo ajoelhou-se e rezou com todos eles. 37Todos, depois, prorromperam em grande pranto e, lançando-se ao pescoço de Paulo, o beijavam 38aflitos, sobretudo por lhes haver ele dito que não tornariam a ver-lhe o rosto. E o acompanharam até o navio. – Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial: 67(68)
Reinos da terra, cantai ao Senhor.
1. Suscitai, ó Senhor Deus, suscitai vosso poder, / confirmai esse poder que por nós manifestastes / a partir de vosso templo, que está em Jerusalém. / Para vós venham os reis e vos ofertem seus presentes! – R.
2. Reinos da terra, celebrai o nosso Deus, cantai-lhe salmos! † Ele viaja no seu carro sobre os céus dos céus eternos. / Eis que eleva e faz ouvir a sua voz, voz poderosa. – R.
3. Dai glória a Deus e exaltai o seu poder por sobre as nuvens. / Sobre Israel, eis sua glória e sua grande majestade! / Em seu templo ele é admirável e a seu povo dá poder. / Bendito seja o Senhor Deus, agora e sempre. Amém, amém! – R.
Evangelho: João 17,11-19
Aleluia, aleluia, aleluia.
Vossa Palavra é a verdade; / santificai-nos na verdade! (Jo 17,17) – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos para o céu e rezou, dizendo: 11“Pai santo, guarda-os em teu nome, o nome que me deste, para que eles sejam um assim como nós somos um. 12Quando eu estava com eles, guardava-os em teu nome, o nome que me deste. Eu guardei-os e nenhum deles se perdeu, a não ser o filho da perdição, para se cumprir a Escritura. 13Agora, eu vou para junto de ti e digo estas coisas, estando ainda no mundo, para que eles tenham em si a minha alegria plenamente realizada. 14Eu lhes dei a tua palavra, mas o mundo os rejeitou, porque não são do mundo, como eu não sou do mundo. 15Não te peço que os tires do mundo, mas que os guardes do maligno. 16Eles não são do mundo, como eu não sou do mundo. 17Consagra-os na verdade; a tua palavra é verdade. 18Como tu me enviaste ao mundo, assim também eu os enviei ao mundo. 19Eu me consagro por eles, a fim de que eles também sejam consagrados na verdade”. – Palavra da salvação.
Reflexão:
O texto que o evangelista João nos apresenta é uma oração proferida por Jesus. Trata-se de uma oração de intercessão na qual Jesus pede ao Pai que proteja e guarde os seus seguidores. Há pontos diversos que podem ser considerados nessa oração; contudo, poderíamos dizer de forma simples que Jesus pede para que Deus os confirme no caminho que foi assumido e que deve continuar sendo trilhado, mesmo com a ausência física de Jesus. Sim, a presença física de Jesus é importante e fundamental, mas, uma vez que isso não é mais possível, estando no mundo, que se lide com a realidade que cerca os filhos da luz com a própria luz. Em meio às contradições do mundo, os seguidores de Jesus são chamados a iluminar e amar e, com isso, fazer a diferença que gera questionamentos e transformações. A santificação não está necessariamente numa vida recolhida e protegida de tudo, mas no enfrentamento, em Deus, das dificuldades que surgem.(Dia a dia com o Evangelho 2022)
FONTE: PAULUS
Source: Igreja no Mundo