Dom Pedro Carlos Cipollini, bispo da Diocese de Santo André, celebrou a Santa Missa de Domingo de Ramos (2 de abril), na Paróquia Sagrada Família, em São Caetano do Sul, concelebrando o pároco Padre Paulo Borges, CSS, e o vigário Padre José Nobre, CSS.
Tradicionalmente, os fiéis se reuniram na entrada da paróquia às 10 horas, com os ramos empunhados para serem abençoados, houve a proclamação do Evangelho e o bispo diocesano antes da procissão de Ramos, falou sobre a Semana Santa:
“Somos convidados a iniciar hoje uma peregrinação, a Semana Santa como o próprio nome diz, é Santa, não é feriado, mas dia santo, para nós cristãos católicos configura-se como uma peregrinação, iremos acompanhar Jesus, e começamos hoje com a entrada em Jerusalém, sendo Nosso Senhor, Nosso Rei e Nosso Mestre, e os ramos sinalizam a vitória, prenunciando a Páscoa de Jesus.”
Dom Pedro destacou a realeza de Cristo, que foi recebido em Jerusalém por multidões que exclamavam louvores e gritos de alegria. Jesus, diferente dos imperadores da época, era um Príncipe da Paz, e não um rei guerreiro.
Todos seguiram em procissão, entoando os cânticos do Domingo de Ramos, enquanto percorriam o entorno da matriz da cidade, onde foram recebidos com o canto inicial da celebração.
Após a realização das leituras, o Evangelho foi proclamado pelo bispo, agentes da Pastoral da Liturgia, e também pelos fiéis, que interpretaram os gritos do povo exaltando a condenação de Cristo junto a Pilatos.
Neste Evangelho que representa o início da Paixão do Senhor, Dom Pedro alegrou-se com a igreja cheia de fiéis:
“Cada batizado na nossa Igreja é convidado a fazer com Jesus uma peregrinação, um percurso que começa hoje com esta celebração tão bonita. Que bom que vocês vieram! Estão participando com os ramos nas mãos, aclamando o Jesus que entra em Jerusalém. Jerusalém é símbolo da comunidade de fé. E esses ramos são símbolos da vitória.
Aqueles que venciam eram aclamados com ramos nas mãos, palmas de vitória. Jesus será vitorioso, vai ressuscitar, mas Ele tem que passar pela cruz. A cruz está no caminho, e esta cor vermelha da celebração de hoje simboliza o sangue derramado e por que Cristo teve que morrer na cruz?”
O bispo diocesano refletiu a Primeira Leitura, em que o Filho de Deus apareceu diante de nós, não com uma figura de dominador, mas de servidor de Deus, e que mesmo diante de seu poder absoluto, Jesus apareceu para nós como servo.
“A Segunda Leitura, nos mostra que Jesus não usou o seu poder divino para se impor e por que Ele não fez isto? Porque Deus é amor. O poder de Deus é o amor, e o amor supõe a liberdade. Ninguém pode amar por decreto, por obrigação, por medo. Então, Jesus é aquele que não usa sua força para obrigar, mas que nos convida a entrar no dinamismo do seu amor”, citou o bispo.
Em sua reflexão final da homilia, Dom Pedro nos fala sobre a obediência de Jesus ao que Deus lhe pede:
“Jesus é obediente porque ele ouve o que Deus, seu Pai, lhe fala, que é para que demonstre o amor de Deus para com a humanidade. E demonstra esse amor a todos, deu pão aos famintos, curou os doentes, expulsou os demônios, tudo para sinalizar o amor que liberta, que salva. E foi crucificado, a morte o devorou, mas de dentro da morte ele implodiu. E a morte foi destruída, e quem ama como Jesus amou não morre, entra na vida, passa pela morte.”
No final da missa, Padre Paulo fez agradecimento à presença de Dom Pedro, mais uma vez expressando a alegria que a comunidade tem em recebê-lo, e convidou a todos a participarem da Missa Crismal e dos Santos Óleos, que será realizada na Paróquia Santo André Apóstolo (Santo André), nesta quinta-feira (6), reunindo todo o clero de nossa Diocese, que farão a renovação dos seus votos sacerdotais.
O bispo diocesano também celebrou à noite na catedral diocesana, ao lado do pároco e vigário geral Padre Joel Nery, contando com a presença da Comunidade Católica Shalom.
Source: Diocese