No último dia da missão, em 4 de fevereiro, os seminaristas estiveram com as famílias que os acolheram, e no período da tarde, tiveram um momento com o bispo diocesano, Dom Pedro Carlos Cipollini, no salão do Santuário Nossa Senhora Aparecida, localizado no bairro Pauliceia. Esse encontro teve como objetivo principal o compartilhamento das experiências vivenciadas pelos seminaristas durante a missão.
A Santa Missa de encerramento da Missão dos Seminaristas, que também aconteceu no santuário, foi presidida por Dom Pedro, concelebrada pelo Padre Alex Sandro Camilo, reitor do santuário, Padre Cleidson Pedroso, reitor da Casa de Formação de Filosofia e Padre Adriano Pereira, coordenador da Região Pastoral São Bernardo Rudge Ramos.
Durante sua homilia, o bispo enfatizou a proximidade de Jesus com os fiéis por meio da Palavra de Deus, usando a cura da sogra de São Pedro como um exemplo vívido:
“Em nossas adversidades, Jesus age como uma luz redentora, oferecendo cura e restauração. Sua intervenção na vida da sogra de Pedro, que após ser curada, prontamente serviu aos presentes, simboliza o verdadeiro espírito de serviço no cristianismo.”
Ele realçou o papel de Jesus em mitigar o sofrimento humano e a capacidade dos milagres em restaurar não apenas a saúde física, mas também o bem-estar emocional e a alegria de viver dos indivíduos. Em seguida, Dom Pedro traçou um paralelo entre a missão de Jesus e o chamado individual dos cristãos:
“Recebemos, através do batismo, a missão de disseminar a Boa Nova, quer seja através de nossas palavras ou atos. Somos convocados a iluminar o mundo com a presença de Cristo, desafiando a concepção de que a fé é um assunto estritamente pessoal.”
Por fim, Dom Pedro convidou a comunidade a orar pelos futuros padres e por aqueles que já estão servindo, destacando a expansão da diocese com a criação de novas paróquias.
“Hoje também somos convidados a rezar pelos seminaristas e padres, para que sejam verdadeiros imitadores de Cristo, missionários do Pai.”
Ele lembrou que a Diocese de Santo André, que abrange todo o Grande ABC, conta agora com 106 paróquias, enfatizando a necessidade contínua de orações por mais vocações ao sacerdócio, para atender à vasta messe que ainda carece de operários.
Durante a missão, os seminaristas foram recebidos nas comunidades que visitaram, onde tiveram a chance de compartilhar ensinamentos e vivências. A interação com as comunidades da região pastoral foi uma oportunidade para os seminaristas disseminarem a Palavra de Deus e, ao mesmo tempo, aprenderem com as experiências locais.
Essa semana de atividades intensas foi caracterizada pelo acolhimento das comunidades visitadas e pelo engajamento dos seminaristas em uma série de atividades religiosas e comunitárias.
Veja o testemunho dos nossos seminaristas sobre a missão:
“A missão dos seminaristas foi uma experiência de levar a presença da Igreja ao encontro de diversas realidades. Deste modo, foi também um momento de reavivar a chama vocacional.”
Elton Lima Vidotti | 1º Ano de Teologia
“A missão é sempre uma experiência enriquecedora. Foi muito bom conhecer novas pessoas e ser sinal da presença de Jesus e da Igreja junto às pessoas.”
Wellington Aquino | 3º Ano de Teologia
“A missão sempre renova nosso chamado e, além disso, faz perceber como cada cristão comprometido com a evangelização pode tocar as chagas do povo com o intuito de curá-las.”
Breno de Oliveira Santos | 1º Ano de Teologia
“Tenha coragem de se humanizar, início com este trecho da homilia do Pe Adriano, quando visitamos a paróquia São Pedro. Palavras que conseguem sintetizar tudo o que vivemos nesses dias. Ao me deparar com tantas realidades de sofrimento, pude experimentar a presença de Deus.Existiram momentos de consolação e desolação, fui acolhido e repelido. Sendo rejeitado em tantas portas, consegui encontrar o Cristo, que com a Cruz foi rejeitado por tantos.Na Missão de 2023, aproximei-me da escassez de bens materiais, faltava até o básico para viverem; este ano, a pobreza não era somente material. Era a pobreza de contato, cuidado e carinho.
Se ao ver tantos idosos solitários, que até eram bem assistidos financeira e materialmente, eu não tivesse sido tocado por uma grande empatia, creio que eu deveria rever não só a minha fé, mas até a minha capacidade de ser humano, no mais completo significado da palavra.Mas meu coração chorou as lágrimas dos abandonados, assim como meu coração conseguiu reconhecer o Cristo em tantos enfermos, que mantém a fé, mesmo acamados e cheios de dores.
Concluo dizendo que o Rafael da missa de abertura, não é o mesmo da missa de encerramento, isso se deu pela graça de Deus, que agiu ao me abrir à humanização, proveniente dos encontros com o Cristo, presente na vida dos abandonados e enfermos.”
Rafael Lourenço Campachi Martins | 1º Ano de Teologia
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