Queridos irmãos e irmãs, neste domingo celebramos a Ascensão de Jesus ao céu, evento que marca, ao mesmo tempo, o final da missão do Senhor na terra e o início do tempo da Igreja.
Após aparecer durante 40 dias aos seus discípulos, que “comeram e beberam com Ele” (At 10,41), Jesus entra, com seu corpo ressuscitado, na glória definitiva do céu, onde agora está sentado à direita do Pai e, com Ele e o Espírito Santo, é adorado e glorificado. Esta subida, porém, está muito longe de ser um afastamento que Jesus faz de seu povo.
Estando agora no céu, Cristo pode exercer de modo permanente seu sacerdócio, intercedendo sem cessar por sua Igreja e atuando como mediador que nos garante a efusão permanente do Espírito Santo, o Paráclito – o defensor, aquele que está ao nosso lado.
De fato, o Senhor mesmo disse: “ […] é bom para vós que eu vá. Se eu não for, o Defensor não virá a vós, mas, se eu for, eu o enviarei a vós.” (Jo, 16,7). Desse modo, Jesus, estando no céu, nos garante sempre a presença de seu Espírito, cumprindo Sua promessa: “Eu estarei convosco todos os dias.”
Além disso, a meditação sobre a solenidade da Ascensão do Senhor deve despertar em nós um profundo sentimento de esperança. O ser humano, entregue às suas próprias forças naturais e fraquezas, não pode entrar no céu por si próprio. É Cristo que, com a ascensão de seu corpo, abre para a humanidade a porta da “Casa do Pai”, de modo que agora todos nós podemos ter a firme esperança de nos encontrarmos com Ele no céu. Sendo assim, a celebração de hoje nos recorda a glória em que nosso Senhor se encontra – portanto, a glória que devemos prestar a Ele – e também nos faz gratos a Deus por seus dons, em especial o dom do Espírito e o dom de nossa Salvação. Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo!
* Artigo por Breno de Oliveira Santos (Seminarista Diocesano)
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