Um tempo novo de esperança renasce em nossos corações. É a Páscoa de Jesus! A vida venceu a morte, o vigor do amor reacende as luzes da fé. O sepulcro está vazio, a pedra foi removida, os sinais da ressurreição são contemplados: “Ele viu, e acreditou” (Jo 20, 8).
Tempo de Páscoa, oportunidade que temos de renovar em nós a chama do entusiasmo. Unidos em Cristo deixamos para trás as forças da morte e celebramos o dom da vida que mais uma vez é proclamado na solene liturgia da Páscoa: “Ó noite de alegria verdadeira que une de novo ao céu a terra inteira, pondo na treva humana a luz de Deus.” (Precônio Pascal).
Iluminados por tão grande dom, desejamos também nós, caminharmos à luz do ressuscitado. Vamos ao seu encontro na Galileia da vida. Ele nos chama ao ponto de origem do seu ministério, ali Ele quer nos ensinar e enviar, para sermos juntos, anunciadores da Boa Notícia. A experiência da fé deve nos impulsionar na missão.
Elemento fundamental para entendermos nossa vocação cristã é professarmos a nossa fé na vida, morte e ressurreição de Jesus. Pedro nos recorda, leia os Atos dos Apóstolos, “nós somos testemunhas de tudo o que Jesus fez na terra dos judeus e em Jerusalém. Eles o mataram, pregando-o numa cruz. Mas Deus o ressuscitou no terceiro dia.” (At 10, 39)
Amadurecidos no chamado e fortalecidos na fé, vamos vencer as forças que hoje nos distanciam dos irmãos, porém jamais nos separam do amor e ideal que nos fortalece. Estamos vivendo uma pandemia, uma crise sanitária, de proporções desastrosas. Quantos sofrimentos, doenças e mortes que poderiam ser evitadas. É preciso que cada um faça a sua parte no combate à propagação do vírus, sejamos prudentes e cuidemos uns dos outros. Sejamos criativos e solidários, podemos perder tudo, porém uma vida preservada já vale todo sacrifício realizado.
Estamos cansados, com saudade dos encontros, das celebrações alegres, participativas, mas é hora de vivermos a fé na igreja doméstica, nosso primeiro berço catequético. Nessa experiência e aprendizado, seremos preparados e testemunhas de tudo o que o Cristo viveu e anunciou. Fortalecidos, seguiremos em busca deste tempo novo.
Também acredito ser a hora para repensarmos a vida concreta da comunidade. Buscarmos o essencial e o que é verdadeiramente necessário para a vivência da fé e o testemunho. De que vale tantos sinais e detalhes, se eles em algumas vezes mais nos afastam que nos unem? A comunidade é a nossa casa, é ali que deveriam despertar os anseios e os desejos de fraternidade. Na mesa comum não existe lugar para disputas e intrigas. O Pão repartido e abençoado é a presença de Jesus que nos alimenta para a comunhão e a participação.
Aqui segue também um convite para que todos nos sintamos convidados para a participação. Temos um planejamento e cronograma paroquial, que se Deus permitir, adaptados às novas exigências o colocaremos em prática. Em que você poderia colaborar mais eficazmente com a comunidade paroquial? Traga a sua sugestão e contamos com a sua colaboração.
“Eis-me aqui”, sinta-se chamado e enviado. Testemunhe a sua fé e juntos vamos construindo e participando dessa nova comunidade que somos chamados a construir. “As relações novas geradas por Jesus Cristo, podem transformar-se em uma verdadeira experiência de fraternidade” (EG n. 87).
Um frutuoso período Pascal, que o rosto iluminado do Cristo o abençoe e o guarde no caminho da vida.
Fraternalmente;
Pe. Roberto Alves Marangon, “o menor entre vós”
Pároco