A 43° Assembleia das Igrejas Particulares (AIP) do Regional Sul I da CNBB, reuniu todas as dioceses do Estado de São Paulo, expressou a Comunhão, a Participação e a Missão das nossas comunidades.
Teve como tema central: “Comunidades Eclesiais Missionárias numa igreja Sinodal”, iniciou-se dia 14, com término no dia 16 de outubro, a inspiração dos trabalhos foi à luz do Sínodo dos Bispos (2021-2023) “Por uma Igreja Sinodal: comunhão, Participação e Missão “, proposto pelo Papa Francisco.
Esta assembleia contribuiu para a reflexão sobre a vida da Igreja, possibilitando a troca de experiências entre as dioceses, momento de escuta e encaminhamentos pastorais. Participaram da AIP os arcebispos, bispos, padres, coordenadores de pastoral e leigos. Todos representaram a vida eclesial das seis arquidiocese e as 36 dioceses do Estado.
A Diocese de Santo André esteve representada pelo nosso bispo, Dom Pedro Carlos Cipollini, Padre Everton Gonçalves Costa (Vigário Episcopal para Pastoral), Thais Ribeiro (Centro Pastoral), Risocleide Matos (Coordenadora diocesana da Pastoral da Liturgia) e Ana Piotto, representando os Conselhos Regionais de Pastoral (CRP).
Dom Pedro falou sobre como o tema da assembleia está intimamente ligado ao nosso 8° Plano Diocesano de Pastoral: “A Assembleia foi sobre “Comunidades Eclesiais Missionárias”, ótimo tema que está no horizonte de nosso 8° Plano de Pastoral, como desdobramento natural da setorização prevista nele, mãos à obra”.
Padre Everton ressaltou a nossa diocese está em sintonia comas propostas da assembleia: “A AIP está em perfeita sintonia com o nosso 8° Plano Diocesano de Pastoral, já desde as últimas diretrizes da ação evangelizadora da Igreja no Brasil, que se trata sobre esse tema das Comunidades Eclesiais Missionárias, trabalho harmônico e em conjunto das pastorais. Sobretudo, também a sinodalidade, que vem iluminar ainda mais a necessidade de formarmos na igreja as comunidades eclesiais missionárias. Em nossa diocese, através dos itinerários propostos para a missão no 8° Plano, tem-se fortalecido os vínculos que formarão o que chamaremos de comunidades eclesiais missionárias.”
“Foi uma troca de experiências, uma partilha com as outras dioceses do nosso Regional Sul I, é a vivência da missão, a partilha dos nossos projetos missionários do Estado de São Paulo, feito lá em Moçambique e também na Amazônia. Uma experiência muito rica, que vem trazer para nós muitas luzes sobretudo tempo de retomada do nosso 8° plano e da análise que estamos fazendo para prorrogar a vigência do mesmo”, finaliza o Vigário para Pastoral.
Confira um pouco da experiência particular de cada participante de nossa diocese!
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Risocleide Matos – Coordenadora diocesana da Pastoral da Liturgia
“Participar da Assembleia das Igrejas Particulares foi uma experiência muito positiva. Pude ver e conviver com diferentes pessoas, de diversas dioceses e realidades, ver e comprovar a riqueza de nossa igreja na diversidade, mas todos com o mesmo objetivo:anunciar o Evangelho de Jesus Cristo, dar continuidade à missão iniciada por ele. Também, a valorização dos leigos, somos ouvidos, temos o nosso lugar. O que trouxe na bagagem: aplicar as diretrizes, pois são pensadas e elaboradas, segundo a visão de pessoas realmente envolvidas com a caminhada da igreja, que conhecem as dificuldades e necessidades de nosso povo. A Doutrina Social da Igreja é de fundamental importância, a formação deve ser contínua. Em relação à questão das Comunidades Eclesiais Missionárias, ainda estamos longe de viver esta prática, mas não é impossível, mas não é um processo que vai acontecer de um dia para o outro, deve-se trabalhar bem a preparação de líderes. Enfim, acredito que nossa diocese está caminhando nesse segmento.”
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Ana Piotto – CRP Santo André Centro
“Participar da Assembleia foi uma experiência única. Poder ver tão de perto as riquezas da nossa igreja, o quanto os olhares estão voltados para os fiéis, para salvar as almas e levar os irmãos nos caminhos do Senhor, me fez refletir o quanto a nossa igreja é rica de amor, de união, de fé! As experiências partilhadas desde os fiéis até os Bispos, mostra uma igreja que deseja retomar os passos de Nosso Senhor Jesus Cristo, acolhendo a todos e partilhando seus ensinamentos. E é pautado nesses ensinamentos que a igreja está traçando o seu futuro, com a proposta que a gente já vem escutando há algum tempo, uma igreja em saída. Uma igreja além dos muros e paredes físicas, aquela que vai levar a palavra, a partilha e a fé em pequenos grupos, mas em unidade e comunhão com a igreja matriz, para chegar cada vez mais aos nossos irmãos. O Papa Francisco tem incentivado a missão assim como nosso Bispo Dom Pedro. E foi uma alegria poder observar que muitos assuntos discutidos na assembleia, já estamos trabalhando em nossa Diocese, a partir da inspiração divina de nosso Bispo, que com muito amor conduz nossa Diocese, com um olhar carinhoso aos fiéis e preocupado com a salvação de seus filhos espirituais. Que possamos abraçar o desejo de ser missionário e contribuir para que nossas comunidades possam, cada vez mais, chegar aos irmãos como Jesus, acolhendo e fortalecendo a fé.”
Tais Ribeiro – Centro Pastoral
“A Assembleia das Igrejas Particulares Sul I, trouxe uma experiência riquíssima de encontro e diversidade, trazendo expressão e comunhão. Para as temáticas propostas, falou muito daquilo que a Diocese de Santo André já está vivenciando, graças ao empenho de nosso bispo, dos padres e de diversos agentes de pastorais em nossa diocese, que é a sinodalidade, o “caminhar juntos”, uma igreja que preza pelas ações missionárias em diversos âmbitos. Foram muitos os questionamentos que nos fizeram refletir, como: nossos líderes estão multiplicando as informações? Conversão Pastoral; renovação paroquial; redes de comunidades que entrelaçam o servir para trabalharmos em sinodalidade, para a tão sonhada Pastoral de Conjunto; clericalismo; o perigo das pastorais que não se articulam e que não caminham juntos; a importância da setorização, pois se torna uma ferramenta facilitadora para atender melhor; a importância do acolher bem, (o precário acolhimento afasta as pessoas, quando esquecemos a dimensão da acolhida negligenciamos a missão e enfraquecemos o lugar); sem objetivo, perdemos a direção e o caminho que desejamos alcançar. Esses foram os pontos tratados na assembleia das igrejas, que acredito que nos fará refletir e caminhar em sintonia.”
Source: Diocese