Um momento de fé, devoção e emoção para muitos fiéis! A Diocese de Santo André recebeu na tarde de sábado (28/08), a visita da imagem peregrina de Nossa Senhora da Salete, que veio da França e percorreu um itinerário por nove estados brasileiros em que atuam os padres missionários da Congregação de Nossa Senhora da Salete. A acolhida ocorreu durante a Santa Missa celebrada na única paróquia dedicada à padroeira no Grande ABC, localizada na Vila Helena, em Santo André. O objetivo é celebrar os 175 anos da aparição ocorrida em 19 de Setembro de 1846, na montanha de La Salette, na França.
Para os paroquianos, também é uma ocasião muito especial, pois a peregrinação ocorre dentro do ano jubilar de 60 anos da Paróquia Nossa Senhora da Salete. O Jubileu de Diamante será comemorado no dia 26 de maio de 2022. A paróquia está situada na Rua das Hortências, 405 – Vila Helena, em Santo André. Mais informações pelo telefone: 4451-1132. A Festa da Padroeira é celebrada no dia 19 de setembro.
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Imagem peregrina traz a esperança da reconciliação e da conversão
Segundo o pároco Pe. Nelson Rosselli Filho, para a comunidade é uma grande alegria acolher a imagem de Nossa Senhora da Salete. Ainda de acordo com o sacerdote, a visita da representação do título mariano simboliza a esperança da reconciliação e conversão para o povo, na superação das dificuldades nestes tempos de pandemia. “É um momento de graça recebermos a visita da imagem peregrina de Nossa Senhora da Salete, que recorda os 175 anos de sua aparição na França e também o ano jubilar desta paróquia, dentro dessa espiritualidade mariana, nestes tempos difíceis que vivemos, de fome, de desemprego, do vírus que enfrentamos, assim como acontecia semelhante à época da aparição da imagem, no século XIX. Que Nossa Senhora da Salete nos abençoe e nos dê forças para superarmos os desafios”, comenta Pe. Nelson.
Roteiro da peregrinação e imagem permanente em São Paulo
Após a celebração e benção final, a imagem retornou ao Santuário Nossa Senhora da Salette, localizado em Santana, na capital paulista, onde permanecerá fixa. Ela chegou no Brasil no dia 19 de setembro de 2020 e cumpriu um itinerário de peregrinação por todas as comunidades atendidas pelos missionários saletinos no Brasil: Paraná, Bahia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso, Goiás, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. O encerramento da peregrinação acontecerá neste sábado (04/09), às 9h, durante Santa Missa na Romaria Nacional dos Missionários Saletinos e da Família Saletina à Basílica de Aparecida, que será presidida pelo arcebispo Dom Orlando Brandes, ocasião em que será entronizada solenemente a imagem de Nossa Senhora da Salete no Santuário Nacional de Aparecida (SP). “Cada província saletina recebeu uma dessas imagens para fazer peregrinação no seu país. Essa imagem que está conosco veio da França e fica no Brasil, mais especificamente em nosso santuário, em Santana”, revela o padre saletino Carlos Guimarães, 35 anos, natural de Maceió (AL) e recém ordenado sacerdote, que atua como vigário do Santuário Nossa Senhora da Salette, em Santana, São Paulo (SP), e que concelebrou a missa na paróquia dedicada a esse título mariano, em Santo André.
Presente do Santuário de Nossa Senhora da Salette
“Estamos muito felizes de estarmos aqui neste momento de graça, na Diocese de Santo André, e também queremos presentear essa paróquia com uma imagem de Nossa Senhora da Salete que ficará aqui”, afirma Pe. Carlos, ao falar da entronização da imagem carregada por duas leigas saletinas do santuário localizada em Santana e uma ministra anfitriã, rumo ao altar no final da missa, como gesto de gratidão pela acolhida e uma forma de propagar a devoção mariana de forma permanente em nossa diocese.
A cura pela intercessão de Nossa Senhora da Salete
Casados há 46 anos, Moacir Inácio, 73 anos, e Maria Inácio, 69 anos, possuem uma atuação pastoral de décadas na paróquia e presenciaram o crescimento da comunidade. Eles tiveram a honra de carregar a imagem peregrina rumo ao altar. “Tenho muita fé em Nossa Senhora da Salete. Por sua intercessão, tive a graça de receber a cura de um câncer de mama. Prometi que se ficasse bem, trabalharia com muito empenho para propagar a sua devoção”, relata Maria. “Uma honra para mim e uma alegria que compartilho com toda a comunidade”, complementa Moacir.
Celebração também conta com batizado do pequeno Miguel
A visita da imagem peregrina de Nossa Senhora da Salete também foi marcante para o pequeno Miguel, que foi batizado pelo Pe. Nelson, durante a Santa Missa.
Sobre a aparição de Nossa Senhora da Salete
Segundo informações do Santuário Nossa Senhora da Sallete, em Santana, na capital paulista, em meados de setembro de 1846, um camponês de Ablandins, Pedro Selme, está com o pastor adoentado. Desce a Corps, até a casa de seu amigo, o carroceiro Giraud:-“Empresta-me teu Maximino por alguns dias… “-“Maximino pastor? Ele é irresponsável demais para tanto!…” Conversa vai, conversa vem…, a 14 de setembro o garoto Maximino vai a Ablandins. No dia 17 percebe a presença de Melânia na aldeia. No dia 18 vão pastorear seus rebanhos nos terrenos de Comuna, no monte Planeau. Conversam então, e decidem voltar a pastorear juntos no dia seguinte e no mesmo lugar.
No sábado, 19 de setembro de 1846, bem cedo, as duas crianças sobem as ladeiras do monte Planeau. O sol resplandecia sobre as pastagens… Ao meio dia, no fundo do vale, o sino da Igreja da aldeia toca a hora do Ângelus. Maximino e Melânia tornam a subir pelo vale até a “fonte dos homens”. Junto à fonte, comem pão e um pedaço de queijo. Outros meninos pastores, que pastoreiam mais abaixo, juntam-se aos dois e passam a conversar. Depois que eles partiram, Maximino e Melânia atravessam o regato e descem alguns passos até os dois assentos de pedras empilhadas, junto à poça seca de uma fonte sem água: e a “pequena fonte”. Contrariamente a seu costume, as duas crianças se estendem sobre a relva…e adormecem. O clima sob o sol de final de verão, é agradável. Nem uma nuvem no céu. calma e ao silêncio da montanha. Bruscamente Melânia acorda e sacode Maximino! – “Maximino, Maximino, vem depressa, vamos ver nossa vacas…Não sei onde andam!”. Rapidamente sobem a ladeira oposta ao Gargas. Voltando-se, têm diante de si toda a pradaria: as vacas lá estão ruminando calmamente. Os dois pastores se tranquilizam. Melânia começa a descer. A meio caminho se detêm imóvel e, de susto, deixa cair o cajado.- “Maximino, olha lá, aquele clarão!” Junto à pequena fonte, sobre um dos assentos de pedra…um globo de fogo. “É como se o sol tivesse caído lá”. No entanto, o sol continua brilhando num céu sem nuvens. Maximino corre gritando:- “Onde está? Onde está?” Melânia estende o dedo para o fundo do vale onde haviam dormido. Maximino para perto dela, cheio de medo e lhe diz:- “Segura o teu cajado, vai! Eu seguro o meu e lhe darei uma paulada se “aquilo” nos fizer qualquer coisa”. O clarão se mexe, se agita, gira sobre si mesmo. As duas crianças faltam palavras para externar a impressão de vida que irradia desse globo de fogo. Uma mulher ali aparece, assentada, a cabeça entre as mãos, os cotovelos sobre os joelhos, numa atitude de profunda beleza.
Source: Diocese