A Comissão Diocesana de Liturgia preparou, na tarde de sábado, 11 de novembro, uma formação sobre a 3ª Edição Típica do Missal Romano, que aconteceu na Paróquia São José, Baeta Neves, em São Bernardo do Campo. Com participação massiva dos diocesanos e diocesanas, o encontro iniciou-se com um momento contemplativo. A formação sobre o novo missal foi conduzida pelo assessor da comissão, Padre Guilherme Franco, e pelo seminarista Gustavo Laureano.
O seminarista Gustavo iniciou a formação enfatizando a importância do Missal Romano na prática da fé católica, realçando a antiga máxima “Lex orandi, lex credendi” (a lei da oração é a lei da fé). Ele evidenciou que a liturgia e a crença estão profundamente conectadas, e que a celebração eucarística é uma manifestação do que a Igreja acredita. Para ele, o Missal é uma expressão concreta da fé, e não apenas um conjunto de orações, mas também um reflexo da vida cristã que engloba a doutrina, a prática devocional e a transformação pessoal.
Gustavo traçou um panorama histórico do desenvolvimento do Missal, desde as reuniões espontâneas dos primeiros cristãos até a formação de textos padronizados após o Concílio de Trento, que solidificou o rito romano. Ele apontou que o Missal Romano, conforme aprovado por São Pio V, e suas revisões ao longo dos séculos, são tentativas de preservar a integridade da fé através de uma prática litúrgica consistente. Este esforço continuou até o Concílio Vaticano II, que pediu uma reforma para adequar a liturgia à compreensão e participação ativa dos fiéis contemporâneos.
Por fim, Gustavo destacou a importância da mais recente tradução do Missal Romano para o Brasil, concluída em 2023, como um esforço meticuloso para alinhar a liturgia com as Escrituras e a tradição, mantendo-a acessível e relevante para os fiéis de hoje. Ele relembrou as palavras do Papa Francisco, sublinhando que a verdadeira renovação litúrgica vai além dos textos e requer uma mudança na mentalidade litúrgica, um processo que exige formação, tempo e uma participação consciente e ativa de toda a comunidade eclesial.
Padre Guilherme expôs as atualizações na terceira edição do Missal Romano, sublinhando que estas não alteram o rito da Missa, mas sim aprimoram a tradução das orações para alinhar mais estreitamente com o latim original. Ele ressaltou que, 60 anos após a reforma litúrgica do Vaticano II, é vital refletir sobre a compreensão e a vivência da liturgia, que é simultaneamente fonte e ápice da vida da Igreja.
Entre as alterações destacadas pelo padre no novo missal, estão a inclusão de novos prefácios, como o de Matrimônio e para a Bem-Aventurada Virgem Maria, bem como a modificação de certas orações eucarísticas para alinhá-las mais estreitamente com o texto em latim. Ajustes também foram feitos no rito da Missa, com a adição de orações ao longo do Tempo do Advento e do Tempo Pascal, e a permissão para a inclusão de homens e mulheres no rito do lava-pés. Essas mudanças visam enriquecer a experiência litúrgica e refletir melhor a teologia católica.
O assessor diocesano incentivou uma formação litúrgica contínua, argumentando que a liturgia deve ser encarada não como um conjunto de regras, mas como uma vivência enriquecedora da fé e da missão cristã. A fala encerrou com a reflexão sobre a importância de abordar a liturgia de maneira renovada, promovendo uma participação informada e transformadora dos fiéis.
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