Hoje, 5 de fevereiro de 2024, nossa diocese presta homenagem ao 21º aniversário de falecimento de Dom Décio Pereira, o terceiro Bispo de Santo André. Dom Pedro Carlos Cipollini, nosso bispo diocesano, presidiu a Santa Missa em memória de Dom Décio na catedral diocesana, local de seu sepultamento. Ao término da celebração, ele fez um convite aos fiéis presentes para se aproximarem do túmulo de Dom Décio, onde os restos mortais repousam na Capela do Sagrado Coração de Jesus, a fim de oferecerem preces por sua alma.
Fazemos memória deste aniversário de falecimento, em unidade com o Diretório da Liturgia 2021(CNBB, p. 57), baseando-se no Cerimonial dos Bispos – Cerimonial da Igreja (1988, p. 299, §1168) que diz: “Por venerável tradição, comemora-se também todos os anos o aniversário de falecimento do último Bispo, a não ser que tenha sido transferido para outra diocese. Celebrar-se-á a Missa na igreja catedral, a qual é de louvar seja presidida pelo Bispo do lugar. Aconselhem-se os fiéis e sobretudo os sacerdotes a que se lembrem diante do Senhor dos seus prelados que lhes pregaram a Palavra de Deus”.
Conheça a vida de Dom Décio
Em 24 de novembro de 1938, Henrique Pereira e Zilda dos Santos selaram sua união matrimonial na Paróquia São José do Belém, na Arquidiocese de São Paulo. Fruto dessa união, em 15 de abril de 1940, nasceu Décio Pereira, no bairro Belém, São Paulo. Décio foi batizado em 25 de abril de 1943 pelo padre Arnaldo de Moraes Arruda na Paróquia São Paulo Apóstolo, no Belenzinho, pertencente à Arquidiocese de São Paulo.
A tragédia abateu-se sobre a família quando, em 24 de junho de 1944, Zilda faleceu aos 25 anos, vítima de leucemia, e foi sepultada no Cemitério do Brás, Quarta Parada, em São Paulo. Pouco depois, em 23 de março de 1946, Henrique também veio a falecer, aos 32 anos, devido a um acidente de trabalho, deixando Décio, com apenas 5 anos, órfão de ambos os pais. Décio foi então acolhido por seus avós maternos, Manoel e Piedade dos Santos.
Décio iniciou sua educação básica entre 1948 e 1951 na escola “Dr. Antonio de Queiroz Telles”, no Alto da Mooca, e em 1949, foi crismado na Paróquia São Paulo Apóstolo. De 1952 a 1954, frequentou o Colégio Marista Nossa Senhora do Carmo, e de 1955 a 1959, prosseguiu seus estudos no Seminário Menor do Imaculado Coração de Maria, em São Roque, São Paulo.
A caminhada acadêmica de Décio continuou de 1960 a 1962 na Faculdade de Filosofia do Seminário Central de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida, São Paulo. Entre 1963 e 1966, ele se dedicou aos estudos de Teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma, residindo no Colégio Pio Brasileiro. Décio foi ordenado subdiácono e diácono em dezembro de 1966, e presbítero em 22 de janeiro de 1967 pela imposição das mãos de Dom Agnelo Cardeal Rossi, na Paróquia São Paulo Apóstolo, São Paulo.
Como vigário cooperador, Pe. Décio serviu na Paróquia Santuário Nossa Senhora da Penha, em São Paulo, de 1967 a 1971, envolvendo-se em projetos sociais. Posteriormente, de 1971 a 1979, assumiu como pároco da Paróquia Coração Imaculado de Maria, em Perdizes, São Paulo, onde vivenciou a “Invasão da PUC” em 1977. Durante esse período, Pe. Décio também foi nomeado diretor arquidiocesano para o Ensino Religioso Escolar e responsável pela Catequese na Arquidiocese de São Paulo.
Em 1975, fundou a APROCIMA, voltada para o apoio a crianças e famílias carentes, e foi nomeado chanceler do arcebispado de São Paulo. Recebeu o título de cônego catedrático em 1976 e, em 1978, foi nomeado cerimoniário do Cabido Metropolitano e Vigário Episcopal Substituto para a região Centro/Sé da Arquidiocese de São Paulo.
Em 1979, foi consagrado bispo auxiliar para a Arquidiocese de São Paulo, com ordenação episcopal na Basílica de São Pedro, pelo São João Paulo II. Serviu na região Centro/Sé até 1989, quando passou a atuar na região Belém da Arquidiocese.
Sua nomeação para bispo da Diocese de Santo André em 1997 não apenas representou um novo capítulo, mas também a continuação de um legado de dedicação pastoral. Seu incentivo ao “Ano Missionário” e às “Visitas Pastorais”, refletiram seu desejo de construir uma comunidade baseada na fé compartilhada e no entendimento mútuo.
Dom Décio Pereira, falecido em 5 de fevereiro de 2003, deixou um legado duradouro de fé inabalável, serviço dedicado e um compromisso profundo com a justiça social.
Fonte: Padre William Mariotto, pároco da Paróquia Santa Maria Goretti
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