O bispo da Diocese de Santo André e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), Dom Pedro Carlos Cipollini, participou recentemente de dois programas de TVs católicas para divulgar o novo livro de sua autoria: Sinodalidade, Tarefa de Todos, que teve inspiração na própria experiência adquirida através do Sínodo Diocesano (2016-2017) e na vivência do atual Sínodo dos Bispos 2023, que pela primeira vez está sendo realizado em três fases (diocesana, continental e universal).
A publicação de 110 páginas tem como objetivo divulgar a proposta do Papa Francisco e explicitar o que é a sinodalidade, tarefa de todos. Com profundidade teológica, numa linguagem simples e apresentação do arcebispo emérito de São Paulo e presidente da Conferência Eclesial da Amazônia, Cardeal Dom Cláudio Hummes, OFM, o livro apresenta em seu primeiro capítulo, a Igreja sinodal do Papa Francisco; o segundo capítulo trata da fundamentação teológica da sinodalidade; o terceiro sobre a fundamentação histórica da sinodalidade; e o capítulo quarto, com as tarefas e desafios da sinodalidade. No anexo, o discurso do Papa Francisco pelos 50 anos do Sínodo dos Bispos, realizado no dia 17 de outubro de 2015.
“Que essa reflexão possa ajudar nos passos dessa busca eclesial de sinodalidade que contará, certamente, com contribuições mais substanciosas”, resume Dom Pedro. O exemplar pode ser adquirido nas lojas físicas e no portal da Paulus Editora.
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TV Evangelizar
No dia 19 de outubro, Dom Pedro concedeu entrevista ao vivo para o Programa Com a Palavra, da TV Evangelizar. Na conversa com o padre João Luiz Lemos, o bispo diocesano comentou que a ideia do livro também foi incentivada a partir das palestras sobre o tema, proferidas para o clero de algumas regiões do país, inclusive numa formação para o Regional Sul 1 da CNBB.
“Sobre o livro, refletindo sobre essa temática do Sínodo dos Bispos, fui convidado a falar em várias instâncias e me interessei pelo tema. Fui pesquisando porque durante um bom tempo fui professor de eclesiologia e surgiu esse livro, uma pequena colaboração para facilitar ao do povo de Deus, a compreensão desse tema proposto pelo Santo Padre, nesta caminhada bonita do Sínodo dos Bispos”, afirma.
Dom Pedro reflete sobre o sentido da sinodalidade para uma boa vivência do Sínodo dos Bispos. “A sinodalidade, em primeiro lugar, não é um evento. È um processo, no qual o Papa Francisco está convidando a Igreja para fazer uma caminhada, na qual a sinodalidade implica em primeiro lugar: acolher o outro; em segundo lugar, ouvir a todos, e todos ouvindo o Espírito Santo que dirige a Igreja, quais caminhos, rumos que Deus pretende para a sua Igreja; e depois discernir, fazer um discernimento com os outros. Então, o Sínodo, que é proposto pelo Papa Francisco, pela primeira vez envolvendo os leigos e as leigas, os religiosos e as religiosas, padres, bispos, sendo um processo que vai até o ano de 2023, começando nas dioceses. Enfim, a sinodalidade é um do modo de ser Igreja, no qual nós caminhamos todos juntos”, explica.
Segundo o bispo, a finalidade da sinodalidade é a Igreja conseguir dar testemunho do Reino de Deus através da unidade. “Como a Igreja vai anunciar, que é comunhão, participação, partilha, fraternidade, justiça, acolhida se ela não vive tudo isso? Então, a finalidade da sinodalidade eclesial é para que a Igreja seja unidade, tenha comunhão, unidade na diversidade”, sintetiza.
Por fim, Dom Pedro também reforçou o convite para a abertura da fase diocesana do Sínodo dos Bispos, que aconteceria durante a noite do dia 19 de outubro, com transmissão ao vivo da TV Evangelizar. Leia a matéria
Assista a entrevista, na íntegra:
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TV Pai Eterno
Dom Pedro participou na tarde do dia 26 de outubro, do Programa Pai Eterno, da TV Pai Eterno, apresentado pelo missionário redentorista Pe. Welinton Silva. No diálogo ao vivo com o padre, o bispo comentou sobre as inspirações para a elaboração do livro, como ao atual momento da Igreja com a realização do Sínodo dos Bispos 2023, a recordação do Sínodo Diocesano, que aconteceu nos anos de 2016 e 2017, e uma palestra proferida na abertura da Assembleia do Regional Sul 1 da CNBB neste ano de 2021: Leia aqui .
“Nós articulamos o projeto do Sínodo Diocesano, porque o Sínodo é um processo e deve incluir todas as instâncias da Igreja. Fizemos uma comissão de execução, de planejamento, de teologia, de liturgia, de pastoral, e essas comissões foram trabalhando e nós encomendamos uma pesquisa sobre a Igreja Católica no Grande ABC. Essa pesquisa nos ajudou muito, pois um grupo de pesquisadores e professores apresentou elementos que nos ajudaram na compreensão da escuta de todos os segmentos da Igreja”, conta Dom Pedro.
Dom Pedro prossegue o raciocínio: “paróquias, conselhos de pastorais, as dez regiões pastorais, os momentos de assembleia, as formações para reflexão, e aqueles 400 fiéis que foram escolhidos por meio de votação para a assembleia final, através das contribuições da escuta e do discernimento, surgindo a Constituição Sinodal, que traça as linhas da pastoral da nossa Igreja para o futuro. Surgiram vários diretórios, o Vicariato Episcopal para a Caridade Social, de forma que o Sínodo Diocesano nos preparou para compreender o que o Papa Francisco está propondo neste Sínodo dos Bispos”, elucida.
Após a escolha das prioridades acolhida e missão, presentes nos itinerários do 8º Plano Diocesano de Pastoral, Dom Pedro afirma que o Sínodo Diocesano valeu muito mais “pela sua execução, pela participação, pela experiência eclesial que proporcionou do que propriamente por um documento final. Um grande mutirão de comunhão e participação, no qual a Igreja refletiu sobre ela mesma”, afirma.
O bispo falou sobre a sinodalidade como um modo de ser Igreja em toda a sociedade, incluindo os leigos através do sensus fidei na missão eclesial, reforçando o tema do Sínodo dos Bispos: Por uma Igreja sinodal – comunhão, participação e missão. Por fim, Dom Pedro comentou sobre as características do livro descritas no início desta matéria.
Assista a entrevista, na íntegra:
Source: Diocese