Na manhã de domingo, 24 de março, a Paróquia Maria Mãe dos Pobres, em Diadema, se reuniu em profunda fé e devoção para a celebração da Missa de Domingo de Ramos, presidida por Dom Pedro Carlos Cipollini, concelebrada pelo Padre Jorge Luis Bonfim, administrador paroquial.
Marcando o início da Semana Santa, foi um momento de reflexão e espiritualidade, relembrando a entrada triunfal de Jesus Cristo em Jerusalém, momentos antes de sua Paixão, Morte e Ressurreição.
A celebração começou no arco da entrada da igreja, com a bênção dos ramos, um ato que simboliza a acolhida da comunidade ao Messias. Em suas palavras, Dom Pedro destacou a importância deste gesto, afirmando: “Os ramos abençoados que hoje carregamos são símbolos da nossa fé e da nossa disposição em seguir Jesus, não apenas em sua glória, mas também em seu caminho de cruz.”
Após a bênção, a procissão começou a caminho do Ginásio Poliesportivo João Carlos de Oliveira, um momento de grande comoção e participação dos fiéis, que, com ramos em mãos, entoavam cânticos e orações, representando a caminhada de cada cristão, chamado a seguir os passos de Jesus com fé e determinação.
Com a chegada ao ginásio, seguiu-se a liturgia, e o Evangelho foi proclamado pelo bispo, Padre Jorge, agentes da Pastoral da Liturgia, e pelos fiéis, que interpretaram os gritos do povo exaltando a condenação de Cristo junto a Pilatos.
Durante a homilia, Dom Pedro mergulhou profundamente no significado da Paixão de Cristo, enfatizando a entrega e o amor incondicional de Jesus pela humanidade:
“A narração da Paixão de Jesus que acabamos de ouvir nos deixa com essa sensação de Jesus tão poderoso… E por que agora ele está calado diante dos que o agridem, sem reação, diante dos que batem nele, o machucam, o torturam? Jesus responde a esta pergunta que nós fazemos dizendo “Tudo isto é obra do amor”. Ele foi obediente até a morte e morte na cruz. O que é essa obediência? Obediência é uma palavra que vem do latim ob audire, que quer dizer ouvir. Jesus era obediente, Ele ouviu a voz do Pai”
O bispo enfatizou o poder do amor manifestado na vida e nos atos de Jesus, contrapondo-se à violência e ao ódio:
“Os pregos, a cruz, a tortura, a coroa de espinhos, tudo obra do amor. Jesus é aquele que nos ama. É o amor, não é violento, não tem ódio, não se vinga. O amor é próprio de Deus. Quem é de Deus ama. E Jesus recebeu uma missão de revelar o amor de Deus por nós.”
Dom Pedro elucidou como a obediência e a escuta atenta à vontade do Pai foram centrais na missão de Cristo, uma missão que Ele cumpriu até o fim, mesmo diante da rejeição e do sofrimento.
Ao concluir sua homilia, o bispo diocesano reforçou a importância de seguirmos Cristo como nosso modelo de amor e obediência, lembrou-nos de que os ramos que carregamos são um símbolo da nossa adesão a Jesus, um compromisso de seguir Seu caminho, mesmo diante de adversidades e desafios. Assim, encorajou a todos a levar para casa não apenas os ramos, mas também a recordação de que, como seguidores de Jesus, somos chamados a viver e a amar segundo o exemplo que Ele nos deixou. Cristo, em Sua jornada terrena, demonstrou que não há verdadeira glória sem sacrifício, e que a glória de Deus se revela no amor, na paz e na esperança da vida eterna.
No final da celebração, Padre Jorge agradeceu a todos, ressaltando a importância da preparação e da comunidade na celebração:
“A nossa celebração foi bonita, fruto da dedicação de muita gente. Estamos no ano da multiplicação, buscando mais operários para a messe e devotos de Maria.”
Referindo-se à presença especial do bispo diocesano na abertura da Semana Santa, reforçou a conexão com o sagrado. Encorajou a assembleia a orar pelo bispo, “nosso Pai, nosso Pastor,” com uma Ave Maria, simbolizando a intercessão de Maria, Mãe dos pobres.
Dom Pedro expressou votos fervorosos à comunidade:
“Que Deus conserve essa comunidade no seu fervor, no seu amor a Jesus, porque nós fazemos tudo por Jesus. Que abençoe o Padre Jorge, que no início de seu ministério está se dedicando junto com os agentes de pastoral da paróquia. Voltando para casa, leve a beleza, o amor e a paz que esta celebração nos inspira.”
Encerrou citando ainda a importância da Campanha da Fraternidade, mencionando o cartaz na entrada sobre a amizade social, e encorajou o crescimento do amor de Cristo, que é cantado e celebrado. Finalizou, desejando uma Semana Santa frutuosa e uma Feliz Páscoa a todos.
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