O bispo diocesano, Dom Pedro Carlos Cipollini, presidiu na noite da Quinta-feira Santa, 28 de março, a Missa da Ceia do Senhor, que marca o início do Tríduo Pascal, recordando nesta celebração a instituição da Eucaristia e da ordem sacerdotal, quando Jesus deixou como exemplo o serviço aos irmãos, simbolizado pelo rito do lava-pés.
O primeiro dia do tríduo foi concelebrada pelo Padre Joel Ney, pároco da catedral diocesana, e com a presença do diácono transitório William Maia.
Com a catedral diocesana repleta de fiéis, Dom Pedro deu início ao Tríduo Pascal ressaltando a essência desse período na fé cristã:
“Estamos aqui reunidos para iniciar nosso Tríduo Pascal. É o momento culminante de toda a liturgia, durante o ano celebramos o mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus. Alguém pode perguntar, mas o Natal? O Natal vem logo depois, porque, como diz Santo Agostinho num de seus sermões, de que serviria Cristo ter nascido se na cruz não nos tivesse redimido? Portanto, a ressurreição de Jesus, antecedida pela sua morte na cruz, é o mistério total, maravilhoso, que dá sentido a toda a nossa fé. Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa fé. Hoje iniciamos esse Tríduo Pascal celebrando a Santa Ceia do Senhor, o lava-pés, a instituição da Eucaristia.”
O bispo prosseguiu conectando a Liturgia da Palavra com a trajetória de nossa fé, da antiga à nova aliança, enfatizando a instituição da Eucaristia como um ato de amor divino:
“A segunda leitura nos fala da instituição da Eucaristia, que hoje estamos celebrando… É o mesmo sacrifício da cruz acontecida no Calvário que celebramos ao longo dos séculos,” explicou Dom Pedro, destacando o papel unificador da Eucaristia e sua função como fonte de vida e do sacerdócio na Igreja.
Finalizando sua homilia, Dom Pedro enfocou no novo mandamento de amar uns aos outros, como Cristo nos amou, evidenciado pelo gesto de Jesus ao lavar os pés dos discípulos. Refletiu sobre o amor como a verdadeira essência da fé cristã, que deve ser vivido de maneira concreta no serviço aos irmãos:
“O amor cristão é concreto como o amor de Cristo que morre na cruz. É o amor concreto da vida… O amor jamais passará.”
A homilia culminou na celebração da renovação da aliança divina com a humanidade, através de Cristo, na Eucaristia, no sacerdócio e no mandamento do amor, convidando os fiéis a viverem esse amor no dia a dia.
Em um ato que espelhou o gesto de Jesus, Dom Pedro caminhou pela assembleia e lavou os pés de 12 fiéis, demonstrando, assim como fez o Pai, um compromisso com o serviço. Esse momento serve de inspiração para que vivamos uma existência marcada pelo amor e pela dedicação ao próximo.
Após a comunhão, os presentes em procissão, fizeram o translado do Santíssimo Sacramento até o altar de reposição, onde se dedicaram a um momento de adoração.
O Tríduo Pascal prossegue envolto em recolhimento e silêncio durante a Sexta-feira da Paixão de Cristo. Este período é marcado por práticas de jejum e abstinência, preparando os fiéis para o momento culminante da ressurreição, celebrado na Vigília Pascal, na noite de sábado, estendendo-se até o Domingo de Páscoa.
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