Deus, que não é isolamento absoluto, mas sim comunidade de amor, nos quer participantes de sua vida!
Hoje a Igreja se alegra celebrando a Solenidade da Santíssima Trindade! Grande mistério, que não é apenas algo a mais para nossa fé, mas é o coração mesmo e a fonte dela (Card. Cantalamessa).
Cremos em um só Deus e, ao mesmo tempo, professamos que este Deus é Pai, Filho e Espírito Santo. É ocasião para recordarmos inclusive o dia em que fomos inseridos na Igreja, corpo de Cristo, sendo batizados “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28,19). Pela graça batismal fomos chamados a compartilhar a vida da Santíssima Trindade já aqui na terra, enquanto caminhamos para nossa pátria definitiva. Deus, que não é isolamento absoluto, mas sim comunidade de amor, nos quer participantes de sua vida! Como não nos comovermos diante de tão grande generosidade e misericórdia de Deus?
De fato, esta celebração litúrgica nos ajuda a recordar que “a fé de todos os cristãos consiste na Trindade” (S. Cesário de Arles). Conforme nos ensina o Catecismo, o mistério da Santíssima Trindade é o mistério central da fé e da vida cristã, justamente por ser o mistério de Deus em si mesmo e, por isso, a fonte de todos os outros mistérios da fé.
Essa fé na Trindade, no entanto, não deve apenas ser meditada com a inteligência, mas sobretudo, deve ser sentida com o coração e experienciada concretamente em nossa vida. Não se trata de uma verdade distante, abstrata e apartada de nós, mas de algo que nos atinge diretamente, já que, como disse Nosso Senhor, “se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará e viremos a ele, e faremos nele a nossa morada” (Jo 14,13).
Esteja hoje o nosso coração ardente para ser morada da Trindade Santa! Voltemo-nos ao Deus Uno e Trino, pedindo-lhe: “Pacificai minha alma, fazei dela vosso céu, vossa morada preferida e o lugar do vosso repouso” (Santa Elisabete da Trindade).
* Artigo por William Maia, Seminarista Diocesano
Artigo publicado primeiro no ABC Litúrgico
Source: Diocese