A educação para a promoção da Ecologia Integral: a encíclica Laudato Si’, lançada pelo Papa Francisco em 2015, já alertava para a necessidade do Cuidado com a Casa Comum, melhores relações com a Criação, num modelo de desenvolvimento sustentável, que combata a degradação ambiental e as alterações climáticas. Alerta esse reforçado durante o discurso do sumo pontífice na Cúpula de Líderes Mundiais sobre o Clima, realizada em abril deste ano.
E na Semana do Meio Ambiente, em que celebraremos o Dia Mundial do Meio Ambiente no dia 5 de junho (sábado), a Organização das Nações Unidas visa sensibilizar, conscientizar e promover a ação ambiental e a necessidade de proteger o planeta. São Francisco propõe – nos reconhecer a natureza como um livro esplêndido, onde Deus nos fala e transmite algo de sua grandeza, beleza e bondade”, cita o Santo Padre, na Laudato Si’:12.
Para isso ocorrer, de fato, ações práticas dos governantes e das populações são necessárias para contribuir decisivamente para a preservação do meio em que vivemos, dos recursos naturais, da fauna e da flora, dos mananciais e do solo.
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Casa dos Pobres, uma iniciativa concreta
“Acredito que com pequenas ações podemos fazer algo grandioso e conscientizar nossas comunidades.” E como exemplo dessas iniciativas concretas, Cecileide Barbosa do Nascimento Figueiredo, 53 anos, paroquiana da Paróquia São Sebastião (Arquidiocese de São Paulo- Região Sapopemba), que representou a Diocese de Santo André na primeira oficina da Pastoral da Ecologia Integral, promovida pelo Regional Sul 1 da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) no dia 19 de maio, como parte da Semana Laudato Si’ 2021, apresentou o trabalho da Casa dos Pobres (Jardim Santo Alberto – Santo André), da qual é responsável, que com ações simples pôde se destacar a importância a preservação do meio ambiente para melhor qualidade de vida, principalmente dos mais vulneráveis na sociedade.
Na Casa dos Pobres, a solidariedade e a conscientização trabalham juntas. “É sempre relevante ajudar aqueles que mais precisam de alimento, que estão com fome, praticar ações de caridade. Mas sobretudo, a educação ambiental deve estar aliada a essas ações, para que possamos realizar o descarte correto do lixo, separar o que é reciclável”, destaca Cecileide, que considera exitosa a iniciativa dos potes de sorvete para distribuição das refeições. “Ao invés de distribuirmos cerca de 600 marmitex nas embalagens que seriam descartadas, criamos essa ação em que as pessoas em situação de rua levam os potes junto com eles, lavam e depois novamente trazem para receber as refeições. Mesma situação com as garrafinhas de água de 500ml que distribuímos para cada pessoa. Essa ação tem tido muito êxito, pois reduz a quantidade de lixo, resíduos e contribui para a conscientização da preservação do meio ambiente, na reciclagem e melhor reutilização dos nossos recursos”, salienta.
Para doar potes reutilizáveis de sorvete para servir refeições às pessoas em situação de rua e famílias desempregadas assistidas pela Casa dos Pobres e saber como ajudar em outras ações, basta-se dirigir à sede localizada na Rua: Almada, 330 – Jardim Santo Alberto – Santo André. Mais informações pelo WhatsApp: (11) 99845-7337 ou pelo e-mail: casadospobres@uol.com.br .
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Primeira oficina da Ecologia Integral
“Achei super importante a necessidade de educação ambiental em nossas paróquias. Ocorreu uma conversa muito oportuna nos chamando atenção para as bacias hidrográficas, as quais unem poderes públicos nas três esferas, usuários e sociedade civil na gestão de recursos hídricos. Nossos rios, nascentes e os córregos, especialmente nas periferias, onde se têm esgotos a céu aberto foram muito citados”, avalia a auxiliar administrativo. Segundo Cecileide, a atividade que reuniu membros das dioceses e arquidioceses de todo o Estado de São Paulo procurou reforçar a necessidade de se trabalhar, na prática, a consciência ambiental. “Precisamos fazer com que nossas oficinas não permaneçam só no papel”, pondera.
Source: Diocese