Queridos irmãos e irmãs, o mês de novembro, logo em seu início, trás duas celebrações muito importantes para nós, que cremos na ressurreição: A Festa de todos os Santos e o Dia de Finados. Nestas festas, recordamos o que professamos: “Cremos na vida eterna”.
Na primeira festa, rendemos graças a Deus por aqueles que gozam da visão beatífica, ou seja, aqueles que contemplam a Deus face a face, celebramos a “Igreja Triunfante” que espera por nós, “Igreja peregrina”, para participarmos plenamente da perfeita alegria que só encontraremos vivendo na eternidade em Deus.
Na Segunda festa, recordamo-nos de nossos entes queridos que já partiram desta vida. Por eles rezamos e, ao mesmo tempo, renovamos nossa fé de que um dia estaremos todos na morada eterna, preparada para nós por Cristo (Jo 14, 1-4). É de capital importância que nós, igreja peregrina, ofereçamos nossas orações a Deus em sufrágio de nossos entes queridos. Nossa oração consola nossos corações e, ao mesmo tempo, é uma forma de intercessão junto a Deus por aquele que, morrendo, necessita encontrar-se com a misericórdia divina.
A Igreja, mesmo sem conhecer o nome de todos os que já partiram desta vida, não deixa de, em cada missa, celebrar também pelos falecidos. Prática que vem dos primórdios da Igreja, como afirma Santo Agostinho, em seu livro O cuidado devido aos mortos: “Nas preces em que o padre dirige suas orações ao Senhor Deus junto ao altar, é reservado espaço especial para a encomendação dos mortos”. Continua o Santo: “A Igreja tomou a si o encargo de orar por todos os que morreram dentro da comunhão cristã e católica. Ainda que sem conhecer-lhes o nome, ela os inclui numa comemoração geral de todos eles. Desse modo, aqueles que não mais possuem pais, filhos ou outros parentes e amigos, para auxiliá-los nesse mister, são amparados pelo sufrágio dessa piedosa mãe comum”.
Este é um dia que não deve ser vivenciado com dor e tristeza, mas com alegria e esperança, pois, “Se o Espírito daquele que ressuscitou Cristo Jesus dentre os mortos habita em vós, aquele que ressuscitou Cristo Jesus dentre os mortos dará vida a vossos corpos mortais, mediante o seu Espírito que habita em vós”, nos diz São Paulo (Rm 8,11).
A esperança na ressurreição é a nossa alegria. Alegria de estarmos, um dia, na glória eterna, junto a Deus-Trindade e nossos entes queridos.
Que Deus abençoe a todos!
Pe. Dayvid
Pároco