MISSA DO DIA DE NATAL CATEDRAL
(Is 53, 7-10; Eb 1,1-6; Jo 1,1-18)
Na missa deste dia de Natal, a liturgia da Palavra não narra o nascimento de Jesus em Belém, mas nos faz aprofundar o mistério de sua Encarnação e nascimento do menino Deus.
O profeta Isaías, na primeira leitura, proclama a vinda do Salvador em Sião, a montanha na qual está construída a cidade de Jerusalém. O Senhor vem para consolar o seu povo. De fato, o Natal nos consola porque mostra que Deus vem a nós com ternura e humildade para nos mostrar seu amor infinito e salvar-nos. Jesus vem para ter compaixão e misericórdia.
Isaías ainda diz: “Reine o Senhor!”, com o nascimento de Jesus começa o reinado de Deus. Assim como Jesus nasce humilde e simples. O Reino de Deus começa com gestos humildes e simples como uma sementinha da menor das planta. Jesus nos faz mudar através da fé na sua pessoa, faz mudar nossas expectativas para o futuro e nos mostra a beleza de seu Reino de justiça amor e paz.
A carta aos hebreus nos revela quem realmente é este menino: é o Filho de Deus. Este Deus que deseja falar a nós através de seu Filho. Jesus que nasce em Belém ainda não nos fala com palavras, mas através de sua presença: “ele é irradiação da glória de Deus e demonstração de sua substância”, ou seja, ele é da mesma natureza do Pai: é divino, é Deus.
Por meio de Seu Filho, Deus fez o mundo e este Filho Jesus sustem o mundo com o seu poder. Como é surpreendente tudo isto: um menino inerte numa manjedoura, que nem mesmo sabe falar, e que sustenta o mundo com a força de sua Palavra. Ele purificará o seu povo e se assentará à direita do Pai na sua glória pois ele é superior aos anjos.
No Evangelho se proclama que Jesus é o Verbo de Deus, a Palavra de Deus, a expressão perfeita de Deus por isso Jesus é Deus de Deus, luz de luz. Jesus é junto com o Pai o criador do mundo. Esta Palavra é vida para os humanos, para a humanidade. Se não acolhermos esta palavra permanecemos na escuridão.
O Evangelho mostra que Deus fez todo um caminho de se rebaixar e vir até nós na pessoa de seu Filho, que se manifestou muito humilde e simples, mas ele é a Luz verdadeira e eterna que dá a vida. Nós, no entanto, devemos dar nossos passos para encontrá-lo. Ele veio para os seus, mas os seus não o quis receber. Não o reconheceram!
Como é triste constatar que o amor de Deus não encontra acolhida entre muitos. Não encontra uma resposta adequada. Como você recebe Jesus em sua vida? Será que você o acolhe com Fé com esperança e com amor? A quem o acolhe com fé, Ele dá a força para se tornar filho e filha de Deus. Quem crê em Jesus, no seu Nome, é gerado por Deus novamente, feito nova criatura e o nosso batismo é sinal disso. Não se trata aqui somente de uma vida física, corporal, mas de uma vida espiritual, divina.
A Encarnação de seu Filho é a etapa decisiva do projeto de Deus. Nela ele nos envolve: “O Verbo se fez carne e habitou entre nós”. Da sua plenitude nós recebemos graça sobre graça.
Neste dia de Natal, repletos de gratidão, renovemos nossa adesão a Jesus. Acolhamos este Menino em nosso coração e em nossa Vida.
Que Ele inspire nossas decisões e nosso agir para sermos seus instrumentos na construção da paz, fraternidade, perdão, justiça e caridade.
Amém.
Dom Pedro Carlos Cipollini
Bispo de Santo André
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