No dia 07 de Setembro, tivemos em nossa paróquia o terceiro Encontro Regional de Liturgia da Região de Diadema, com o Tema: “Vós sois todos irmãos, sal da terra e luz do mundo”
Não tenho a pretensão de escrever aqui o que aprendemos e compartilhamos, mas apenas recordar pontos deste encontro.
Na primeira palestra, o Pe Vinicius Afonso falou-nos sobre os “Rostos do Laicato, na liturgia e na vida”.
Ele lembrou-nos que o ambiente, por excelência, de atuação do Leigo é o mundo, nas diversas esferas seculares.
Fez um breve relato sobre a história da atuação do leigo na Igreja, desde os primeiros séculos. As rezas dirigidas por leigos são antigas na Igreja e foram usadas (e ainda são) em lugares distantes, onde não tem a presença do Padre. Foram e ainda são importantes para manter estas comunidades unidas na fé.
Lembrou-nos que sempre houve a presença e espaço para o leigo na Igreja. No Concílio Vaticano II houve uma tomada de consciência da importância desta atuação Leiga, que foi valorizada, ampliada e incentivada.
Hoje, temos vários rostos leigos: os casais cristãos, viúvos e viúvas; as crianças da catequese e infância missionária; as mulheres; a juventude e os vocacionados; os idosos, especialmente os avós; os cristãos leigos e leigas solteiros, consagrados e missionários.
Em nossa Diocese, os leigos estão presentes em várias atividades, como: Laicato, Vida e Família; Ação Missionária e Cooperação Inter-eclesial ; Animação Bíblico-Catequética ; Liturgia; Serviço da Caridade, da justiça e da paz; Cultura, Educação e Comunicação .
Especialmente na Liturgia, os leigos estão presentes como: Cantores e músicos (instrumentos variados); Coroinhas e cerimoniários; Ministros extraordinários; Animadores; Leitores e salmistas.
Finalizou dizendo que o “Leigo é chamado a ser o que realiza na Liturgia”.
No segundo momento, fomos participar da celebração da Eucaristia com o Pe. Cláudio.
Em sua homilia, ensinou-nos que “a melhor definição de Liturgia é dizer que é o lugar do encontro com Deus”.
Lembrou-nos que devemos ser sal, pois é usado para dar sabor e também para conservar. Precisamos estar abertos ao vinho novo, cuidando da beleza de nossa celebração que expressa a beleza de Deus.
Devemos cuidar de nossa Liturgia para que sejamos “Sal da terra e Luz do mundo”, lembrando que Jesus é a Luz do mundo e que temos que ser bons “reflexos” desta Luz.
Finalizando o nosso encontro, tivemos o Pe. Hamilton falando sobre: Religião e violência na Liturgia e na Vida.
Ele iniciou citando várias violências que estão na Bíblia, lembrando que o ato de violência central da Sagrada Escritura foi a morte de Cristo, da qual nos lembramos toda Sexta Feira Santa.
Esta violência está presente em nossa vida e temos medo dela, mas graças a Deus existem pessoas que não se deixam “travar” por este motivo.
Todos os Mártires morreram por Amor a Cristo, eles ficaram diante da Cruz de Jesus e não tiveram medo de que pudesse acontecer a mesma coisa com eles, e se deixaram tornar imortais, por conta de sua coragem de se assemelhar a Jesus.
Celebrar é tornar célebre, lembrado, recordar e viver.
Na missa, especialmente, vivemos essas dimensões, nos dois aspectos fundamentais dessa celebração:
- SACRIFÍCIO – para nos salvar
- BANQUETE – salvação oferecida a todos em abundância
A cada missa, lembramos-nos que Jesus se sacrificou, porque nos amou, e este sacrifício nos salva de nosso pecado. Essa é também nossa alegria: “Jesus apagou os nossos pecados”.
A Paixão, Morte e Ressurreição é um único processo e é isso que celebramos em nossas Liturgias.
Iniciei dizendo que não tinha a pretensão de reproduzir o conteúdo de tudo que aprendemos e partilhamos, mas decidi escrever isso para nos lembrar ao menos uma pequena parte, e reafirmar que foi prazeroso. Quem sabe no próximo ano possamos ter mais pessoas dividindo este momento. No que depender de mim, posso afirmar: valeu a pena cada minuto desta manhã.
Até o próximo Encontro Regional de Liturgia.
Duilio H. Battistini
Pascom Bom Jesus