Na força da fé e na esperança que nos impulsiona a vivenciarmos as propostas do Evangelho, estamos celebrando o “Mês Missionário”. Experiências vividas que devem ser anunciadas e proclamadas com vigor.
“Quando experimentamos a força do amor de Deus, quando reconhecemos a sua presença de Pai na nossa vida pessoal e comunitária, não podemos deixar de anunciar e partilhar o que vimos e ouvimos. A relação de Jesus com os seus discípulos, a sua humidade que se revela no Mistério da Encarnação, no seu Evangelho e na sua Páscoa nos mostram até que ponto Deus ama a nossa humanidade e faz Suas as nossas alegrias e sofrimentos, nossos anseios e angústias.” (GS, 22)
Sendo assim, reafirmamos com todo entusiasmo, o nosso Sínodo Diocesano, que nos introduziu no “sonho missionário de chegar e acolher a todos”. Missão que deve estar presente em todos os ambientes evangelizadores da comunidade paroquial.
Como inspiração bíblica, o Papa Francisco nos apresenta a leitura dos Atos dos Apóstolos: “Temos o testemunho vivo de tudo isso nos Atos dos Apóstolos, livro que os discípulos missionários têm sempre ao alcance. Nele, lemos como a fragrância do Evangelho se espalhou suscitando aquela alegria que só o Espírito pode nos dar. O livro dos Atos dos Apóstolo nos ensina a viver as provações unidos a Cristo, a amadurecer nossa convicção de que Deus pode atuar em qualquer circunstância, mesmo no meio de aparentes fracassos, na certeza de que a pessoa que se oferece e entrega a Deus por amor seguramente será fecunda” (EG, 279).
Unidos como Igreja, celebramos com louvores o Dia Mundial das Missões – (24 de outubro), proclamando com fé que “Jesus Cristo é Missão”, em meio às dificuldades da vida que a humanidade enfrenta, gritamos com fé: “tem compaixão de nós, Jesus”.
Com alegria, vamos sentindo o fortalecimento da Pastoral Familiar que articulou e celebrou a Semana Nacional da Vida e Dia do Nascituro. Proposta permanente que, aos poucos, vai sendo introduzida na vida dos casais, aprofundando os temas nos três eixos: início da vida, final da vida e políticas públicas de saúde. Agradecemos o dom da“Vocação Familiar” que é uma esperança para a Igreja, ali que é o Santuário da Vida, Igreja doméstica, e que neste tempo de pandemia tem sido o local primordial do encontro familiar. “O casal que ama e gera a vida é a verdadeira escultura viva, capaz de manifestar Deus Criador e Salvador”. (AL,11)
Ainda sobre a dimensão da vida, precisamos avançar um pouco mais, talvez seja a hora de estruturarmos a Pastoral da Ecologia Integral – em resposta aos apelos do Papa Francisco, com a Encíclica Laudato Si – Sobre o cuidado da Casa Comum, cuja finalidade é o acompanhamento de pessoas e ações em torno do cuidado com a natureza e os recursos naturais. Habitamos numa região de mananciais e com agravantes atentados ao meio ambiente. Não podemos nos omitir na sensibilização e amadurecimento de propostas que nos ajudem numa espiritualidade e mística do cuidado da criação.
Depois de um tempo difícil de afastamento e isolamento social, somos chamados e animados para retomarmos o caminho presencial em nossas comunidades, respeitando todos os cuidados sanitários, conforme Decreto do nosso bispo diocesano, que nos anima e nos incentivaneste contexto da pandemia da Covid 19.
É tempo de muita união e empenho, estamos passando por momentos delicados, muitas perdas de vidas, desânimos e por vezes o distanciamento completo das atividades pastorais. Não nos deixemos vencer pelo cansaço e reacendamos a força do amor e da esperança.
Com o “Bom Jesus” queremos cantar e viver: “Na vossa graça caminhamos, Vossa Palavra nos conduz e todo o bem que realizamos, provêm de vós, ó Bom Jesus. Nossa alegria eterna seja, doando a vida pelo irmão. Então seremos vossa Igreja, vivendo em plena comunhão.”
Pedindo a proteção de São Francisco de Assis, que é modelo de harmonia, expresso no “Cântico das Criaturas”, e um grande inspirador para quem quer viver a vontade de Deus, envio-lhes especiais bênçãos.
Fraternalmente
Pe. Roberto Alves Marangon, “o menor entre vós”
Pároco