A 39ª Assembleia Geral Ordinária (AGO) do Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB) terminou no dia 5 de junho e contou com a participação de 209 cristãos leigos e leigas de todo o país. O recado dado pelo padre Alfredinho, assessor do encontro, de que “os leigos e as leigas devem conquistar os espaços e não aguardar pela concessão destes” foi assumido pelos participantes como desafio para a ação do laicato após a realização da 39ª Assembleia Geral Ordinária do Conselho Nacional do Laicato (CNLB).
Durante três dias, de 3 a 5 de junho, mais de 200 delegados leigos e leigas de todas as regiões do País participaram da Assembleia que debateu o tema “Cristãos leigos e leigas em missão: respondendo aos novos desafios”.
Na coletiva de encerramento, realizada no final da manhã de sábado, 5 de junho, os participantes apresentaram os desafios sobre o agir eclesial-social assumidos pela 39ª AGO do CNLB: “Ser sujeito na sociedade remete à tarefa dos cristãos leigos na atualidade”, disse padre Alfredinho, um dos participantes da coletiva. Ao tratar da divisão que se instalou no Brasil e no mundo, o padre citou os muros erguidos nos diferentes ambientes pela polarização que “impedem o diálogo e a objetividade e nos leva a ver de forma míope e vesga”. Para o sacerdote, em um mundo de relações polarizadas é crucial o papel dos cristãos leigos e leigas na desconstrução dos muros a fim de que outras formas de posicionamento possam ser percebidas. O padre reconheceu que em muitos lugares, o clero cria dificuldades à atuação dos leigos e defendeu ser necessário “ocupar espaço, não esperar que ele seja concedido e sim conquistá-lo”.
O encontro, caracterizado como um espaço para animar os cristãos leigos e leigas a celebrar sua vocação, missão e protagonismo na Igreja, contou com a participação como delegados com direito a voz e voto os membros do Colegiado Deliberativo, da Presidência, do Conselho Fiscal e do Conselho Econômico; 5 delegados de cada CNLB regional e 3 delegados de cada organização filiada.
Investir em formação contínua
Também participante da coletiva de encerramento, a representante da Comissão Nacional de Formação, Marilza Schina, defendeu que os leigos e as leigas não podem ser vistos apenas como sujeitos para participar dos cursinhos. Segundo ela, é “urgente e necessário” desenvolver um programa de formação continuada que tenha no laicato o seu alvo.
Marilza Shuina destacou que o lugar dos cristãos leigos e leigas é atuar no mundo da política, da economia, da educação e na defesa da Casa Comum. “Que não briguemos para ficar dentro da Igreja e sim para sermos Igreja atuando no mundo”, reforçou.
Os coordenadores destacaram que as avaliações iniciais da 39ª Assembleia do Laicato Brasileiro, realizada no formato on-line, apontam para um resultado histórico. Na modalidade remota, o evento alcançou participantes de muitos lugares e, dessa forma, propiciou ouvir vozes de cristãos leigos e leigas que estavam distantes.
O membro da presidência do CNLB, Aurenir Paiva, disse que as situações adversas provocadas pela pandemia então trazendo muitos aprendizados ao organismo. “Essa assembleia deveria ter sido realizada no ano de 2020, em São Luís (MA). Não foi possível com o avanço da Covid-19 e o agravamento da pandemia no País”, recordou.
A 39ª AGO do CNLB, em formato remoto, permitiu realizar uma ampla participação e debate sobre a missão de leigos e leigas na contemporaneidade. Os organizadores trabalham na redação de um documento final cujas palavras façam “arder nossos corações de norte a sul do País”. A presidente do CNLB do regional Sul 1, Fátima Ferre, defendeu ser necessário os cristãos leigos e leigas ajudarem o povo brasileiro a ter a informação correta em relação à vacina e à vacinação, ao auxílio emergencial e ao Pacto pela Vida e pelo Brasil. Ela também defendeu, frente a uma avalanche de necessitados e da fome no Brasil a partir da pandemia, uma maior atuação dos cristãos leigos e leigas nas políticas públicas e nos conselhos. O Sistema Único de Saúde (SUS) também foi defendido como um conquista pela representante do Sul 1.
A 39ª Assembleia Geral aprofundou assuntos como o Grito dos Excluídos e Excluídas e do Pacto pela Vida e pelo Brasil. O encontro reforçou os compromissos dos cristãos leigos e leigas do Brasil na luta por Terra, Teto e Trabalho; e exigência da vacina contra a Covid-19 como forma de pela defesa da vida, reafirmando também a defesa do Sistema Único de Saúde (SUC) do Brasil e o auxílio emergencial neste tempo da pandemia.
Saiba mais em: www.cnlb.org.br
Fonte: CNBB
Source: Diocese