A Paróquia Santo André Apóstolo, em Santo André, ficou lotada na manhã de sábado (8) para a ordenação dos diáconos Cauê Fogaça e Jorge Bonfim, que receberam o segundo grau do Sacramento da Ordem, o presbiterado. A solenidade foi presidida pelo bispo diocesano Dom Pedro Carlos Cipollini.
Estiveram presentes diversas comunidades onde os diáconos realizaram atividade pastoral, os seminaristas das três casas de formação; clero, leigos e religiosos de toda a diocese, sendo um momento muito esperado, pois a última ordenação aconteceu no ano de 2019.
A animação da celebração ficou para o padre José Herculano, pároco na Paróquia Santo Antônio, em São Bernardo do Campo, que apresentou à assembleia o lema que os diáconos escolheram. Para seu sacerdócio, padre Cauê Fogaça escolheu a passagem bíblica: “Viu-o, sentiu compaixão… e cuidou dele” (inspirado em Lc 10, 33-34) ; e padre Jorge Bonfim, escolheu “Pois onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração” (inspirado em Mt 6,21).
Rito de Ordenação Presbiteral
A eleição dos diáconos foi realizada pelo pe. Rudnei Sertório, reitor da Casa de Formação da Teologia, que pediu ao bispo para que ordenasse os diáconos para a função de presbíteros. O bispo, então, interrogou o sacerdote se os candidatos são dignos deste ministério. O presbítero respondeu, que, após ter averiguado junto ao povo de Deus e ouvido os responsáveis, com convicção declara ser testemunha de que estes candidatos foram considerados dignos. Tendo esta resposta, o bispo ordenante disse: “Com o auxílio de Deus e de Jesus Cristo, nosso Salvador, escolhemos estes nossos irmãos para a Ordem do Presbiterado”. E a assembleia respondeu: “Graças a Deus”.
A imposição das mãos e a prece de ordenação é tida como aquela que, no silêncio do coração, o bispo e todos os presbíteros presentes pedem a Deus pelo ordenando. Com os diáconos de joelhos, em silêncio, o bispo impôs as mãos sobre suas cabeças, seguido pelos presbíteros de nossa diocese que estavam presentes.
Depois do longo silêncio, Dom Pedro rezou a oração da ordenação, na qual foram citadas as principais funções do sacerdote. Nessa oração foi lembrada a relação dos setenta mais velhos com Moisés. O sacerdote é descrito principalmente como colaborador do bispo, instrutor da fé e divulgador da palavra de Deus.
A última parte do Rito de Ordenação apresentou alguns símbolos, ricos em significado e que indicam o ministério sacerdotal da Ordem. Terminada a Prece de Ordenação, os eleitos, com o auxílio de um presbítero cada, foram revestidos com a estola sacerdotal e a casula. Em seguida, de joelhos, a palma das mãos dos ordenados foram ungidas pelo bispo com o óleo do santo Crisma. Logo após, o bispo amarrou as mãos dos ordenados, sendo desamarrados por quem iria receber a primeira bênção sacerdotal, que no caso, foram as mães dos neossacerdotes.
Como sinal de unidade os presbíteros receberam os ordenados como membros do clero, cada sacerdote presente beijou as mão ungidas e acolheram com um abraço e palavras de carinho cada um deles, nesse momento a assembleia estava muito emocionada, pois nossa diocese acolhia também dois novos padres.
A emoção maior aconteceu quando padre Cauê e padre Jorge se abraçaram, remetendo toda a caminhada de estudos, amizade e de fé que passaram juntos todos esses anos, em preparação para o dia tão esperado da ordenação, mais uma vez a assembleia era tomada por muita emoção.
Dom Pedro acolhe em sua homilia os neossacerdotes
As profundas palavras de nosso bispo diocesano na homilia tocaram o coração de todos:
“Mediante a ordenação, Cauê e Jorge, recebereis o mesmo Espírito de Jesus Cristo que vos tornará semelhante a Ele, a fim de que possais agir em seu nome e viver em vós os mesmos sentimentos de Cristo. Lembrem-se que as rosas têm espinhos. Assim vossa missão não será fácil, em uma sociedade que não dá mais relevância aos padres. É preciso ter fé e coragem. Sejam resilientes nos momentos de cruzes, se desejam ser pastores verdadeiros, porque: “Pertence à firmeza do cristão não apenas fazer o bem, mas também tolerar os males”(Sto. Agostinho, Sermão sobre os Pastores in Sermão 46,13).
Nossa Igreja Diocesan
a se alegra pelo vosso sim. Nossa Igreja Diocesana não pede coisas extraordinárias de vocês, mas somente que cumpram as promessas que irão fazer daqui a pouco, de forma solene e pública, nesta assembleia santa, na qual o céu se une à terra, vindo todos os santas e santas de Deus em nosso auxílio, como pediremos na ladainha.”
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Padre Cauê e Jorge agradecem a todos
“O Senhor nos chamou, como chama de modo sempre renovado cada um, na riqueza de carismas e ministérios em nossa Igreja. Fez isso comigo e com o Padre Cauê. Querido e amado irmão, como sou feliz em poder lhe chamar de Padre, obrigado por sua amizade e irmandade até aqui. Estamos aqui para corresponder com tão precioso e sublime amor, dom imerecido. O Sacramento da Ordem, no grau presbiteral, não é nosso, pois é Deus quem nos pertence. O senhor nos chamou e só pediu uma coisa: Confiança. Se você se entrega ao apostolado que faz, visível ou silencioso, o Senhor só pede que confie. Confie e se entregue. Deixe que Ele faça o extraordinário, pois a sua vida é Dele, suas ações são Dele, a Igreja é Dele. A nossa amada ação pastoral é serviço do sumo e eterno Bom Pastor. Todos aqui somos servos…Reconheço com alegria o testemunho dos diáconos permanentes desta Igreja Particular, sobretudo daqueles que se dedicam com amor em nosso vicariato da caridade social. Desejo também reconhecer o amor e a entrega daqueles amigos que moram nas três casas de formação. Amemos nossos seminaristas e rezemos por eles, suas vidas já são preciosos testemunhos em nosso meio. Aqui aproveito para destacar a dedicação da equipe de formadores do nosso Seminário Diocesano, à qual me refiro por meio da pessoa do Pe. Rudnei, nosso reitor na Teologia, sem deixar de esquecer dos que já fizeram parte da equipe enquanto estávamos no processo formativo…Reconhecemos o valioso serviço dos nossos colaboradores, dos que se dedicam em nossas paróquias, no edifício sede, em cada departamento, e daqueles que cuidam dos nossos seminaristas nas casas de formação. Com muita alegria e esperança quero reconhecer o serviço e dedicação dos nossos leigos, organizados nas pastorais, grupos e movimentos desta Igreja Particular. Com vocês nossa Igreja é mais acolhedora e missionária. Padre Cauê e eu fomos muito felizes podendo aprender com cada um, sobretudo nas pastorais e grupos que servimos ao longo do processo formativo. Todos nós aqui reunidos, somados ao que já está no céu, realizamos, ao longo desses quase 70 anos, o apostolado de amor e entrega pelo Reino, nestas terras proféticas do ABC Paulista.” foi o agradecimento de Pe. Jorge ao fim da celebração.
Enviados à Missão
Ao final da celebração, nosso bispo diocesano matou a curiosidade de todos os presentes, anunciando onde cada neossacerdote irá pastorear o povo de Deus, Padre Cauê continuará na Paróquia Sagrada Família, em São Bernardo do Campo, como vigário paroquial, sendo acolhido pelo pároco Padre Everton, já o Padre Jorge será vigário na Paróquia Maria Mãe dos Pobres, em Diadema, recebendo um abraço do Padre Beto, que atua como administrador “ pro tempore”.
Source: Diocese