Em março de 2021, a Missão Belém completou 15 anos de atuação na Diocese de Santo André. De lá para cá, muitas graças alcançadas por meio dos trabalhos de evangelização e resgate da dignidade das pessoas nas cinco casas de formação religiosa e acolhida da comunidade católica.
O Conselheiro Geral para a Evangelização da Missão Belém, Pe. Paulo Gomes da Silva Júnior, o padre Paulinho, 41 anos, relembra o embrião para o início das atividades no Grande ABC, do movimento religioso que acolhe e cuida, de maneira permanente, de doentes e irmãos em situação de vulnerabilidade social. “Antes de eu me encontrar com a Missão Belém, no ano de 2005 eu tinha uma casa de retiro chamada Servos em Resgate, na Estrada do Rio Acima (Riacho Grande, em São Bernardo), que foi se transformando numa casa de acolhida porque a gente evangelizava nas favelas, o povo de rua e trazíamos essas pessoas para fazer uma experiência com Deus. Chegamos a acolher em torno de 30 pessoas. Meses depois, em fevereiro de 2006, me encontrei com o Pe. Gianpietro Carraro (que fundou a Missão Belém um ano antes). Ele veio celebrar conosco e depois começamos a ter um contato mais próximo. Nesse momento, eu entrei na Missão Belém e a casa se tornou da Missão Belém, no final de março de 2006”, conta.
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Presença na diocese
Reconhecida pela Igreja Católica, atualmente a comunidade religiosa atende no Grande ABC cerca de 210 pessoas, sendo 130 na cidade de Rio Grande da Serra, e 80 no Sítio Perpétuo Socorro, no Riacho Grande, em São Bernardo. 
Assim como em outras Casas de Acolhida, os espaços de convivência oferecem refeições, retiros, atividades espirituais, formação sobre triagem (específica para quem chega da rua para a missão), cursos de cuidador de idosos e de monitores, além do trabalho para a retomada da dignidade. Muitos dos restaurados começam a trabalhar voluntariamente nas obras da Missão Belém.
Quem coordena os trabalhos da Missão Belém na região é Rodrigo de Oliveira, que afirma seguir todas as recomendações para evitar o contágio do vírus, como a distribuição de máscaras aos acolhidos e recomendações diárias de higiene.
Os irmãos e os idosos cumprem a quarentena e são orientados a não saírem dos sítios e das casas, bem como as visitas estão suspensas. Rodrigo agradece a solidariedade e diz que doações para manutenção das casas e dos sítios são fundamentais.
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Nova casa dos jovens
Uma nova casa foi inaugurada recentemente em Rio Grande da Serra, com o objetivo de acolher e ajudar na formação de 35 jovens que realizarão a experiência de doação e entrega a Deus ao longo de 2021, com a possibilidade de renovar por mais um ano. “A formação consiste na formação humana, promovendo a missão de evangelização dos mais pobres, do povo de rua, dos dependentes químicos, das pessoas com depressão ou que estão afastadas da igreja”, elucida Pe. Paulinho.
No futuro, a casa deve promover retiros e encontros para os acolhidos e irmãos de rua, bem como para os 60 grupos de evangelização da Missão Belém, que somam cerca de 1,5 mil pessoas envolvidas nas atividades.
Nesta entrevista à reportagem da Diocese de Santo André, Pe. Paulinho contou mais detalhes sobre esse novo projeto. Confira:
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Desde quando os jovens estão nesta nova casa da Missão Belém?
Nós chegamos aqui com os jovens no dia 24 de fevereiro (de 2021). A casa estava e está bem deteriorada. Estamos aos poucos reestruturando de acordo com as possibilidades. Foi durante a pandemia e os jovens moram aqui.
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Após essa experiência de doação e período de formação, esses jovens trabalharão nas atividades das Casas da Missão Belém em nossa diocese ou em outras missões pelo país ou até no exterior?
A experiência que os jovens fazem conosco tem um viés vocacional. O intuito é ajudar os jovens a descobrir o seu chamado dentro deste ano de doação, entrega e formação. Muitos dos que saem, acabam depois fazendo algum voluntariado dentro da comunidade, atuam nos grupos de evangelização. Muitos destes grupos de evangelização estão dentro da diocese e esses grupos ajudam nas casas de acolhida dos irmãos de rua que temos em Rio Grande da Serra e em São Bernardo, na região do Pós-Balsa.
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Atualmente, quantos voluntários trabalham nas obras da Missão Belém e quantos são acolhidos em nossa diocese?
Os voluntários que ajudam a conduzir as casas de acolhidas são os próprios irmãos restaurados em nossas casas de acolhida. Neste momento temos 60 irmãos restaurados e bem adiantados na restauração que nos ajudam integralmente em nossas casas. Agora temos 5 casas, sendo 4 em Rio Grande da Serra, e uma em São Bernardo, no Pós-Balsa.
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De que forma as pessoas podem ajudar as casas da Missão Belém?
As pessoas podem ajudar com doações de todo tipo, como alimentos, produtos de limpeza, roupas e também de forma econômica para ajudar a pagar as contas. De modo especial, na casa da Vila Lopes, estamos em reformas. Então, doações de tinta, massa corrida e materiais de construção em geral muito nos ajuda.
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E quem quiser participar da Missão Belém, quais meios deve procurar?
Se tiver aqui na região da diocese, pode nos procurar, estamos ainda providenciando um contato para facilitar a comunicação dos voluntários.
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Contato
WhatsApp :(11) 94242-2290 (falar com Rodrigo, coordenador da Missão Belém na região)
Endereço das casas da Missão Belém:
• Sítio Aracele
Rua: Quinze de Novembro, 40 – Jardim Palmira – Rio Grande da Serra
• Casa São Bento José Labre
Rua: Guaratinguetá, 192 – Parque América – Rio Grande da Serra
• Casa São Sebastião
Rua José Carlos Pace 38 – Vila Niwa – Rio Grande da Serra
• Casa dos Jovens
Rua: Prefeito Justino Paixão, 354 – Recanto Monte Alegre – Vila Lopes – Rio Grande da Serra
• Sítio Perpétuo Socorro
Estrada Velha do Curucutu – Riacho Grande – São Bernardo do Campo
Source: Diocese