Os jovens são o elo central na realização deste sonho, antes de tudo porque nasceram e foram criados em um mundo onde todos estão próximos por necessidade. Somos a geração Erasmus, mas somos também a geração que talvez tenha percebido que todos nós nos beneficiamos do meio ambiente, mas também temos que cuidar dele. Todos nós temos que cuidar juntos do ambiente. Esta pandemia também nos fez necessariamente perceber que somos todos irmãos e irmãs e que todos temos que estar unidos ou ninguém se salvará sozinho.
Ninguém se salva sozinho, somos todos irmãos. Estas são considerações centrais que também derivam do pensamento do Papa Francisco. E são as pedras angulares de um evento como “Economia de Francisco”.
Foi um evento maravilhoso. Mais do que um evento, é um processo que começou há dois anos e não se concluiu. Não creio que termine tão cedo. É um processo, um caminho no qual muitos jovens se reconheceram: jovens economistas e empreendedores, mas também o que chamamos de “transformadores”, pessoas que tornam a sua vida uma mudança. Dentro da Economia de Francesco, tivemos a sorte de encontrar caminhos, histórias maravilhosas. Gosto de lembrar, por exemplo, de um jovem que fazia parte do meu vilarejo “CO2 das desigualdades”, onde o CO2 representa o desperdício. Não gostaríamos que ninguém se tornasse um desperdício. Este jovem ucraniano, Ian, é um engenheiro. Ele decidiu tentar transformar sua paixão pela engenharia, especialmente a engenharia das comunicações, para servir aos mais pobres. E assim ele tenta dar uma voz aos mais pobres em países distantes de nós, mas não muito distantes, como países da África e da América Latina. Ele tenta transformar sua paixão pelas telecomunicações em um hino à vida e dar voz aos mais pobres através do canal que todos nós já conhecemos: web e YouTube.
O Dia Internacional da Juventude comemorado hoje, convocado pela ONU, focaliza o tema: “Transformando os sistemas alimentares”. Neste campo específico, os jovens também podem desempenhar um papel importante…
Certamente, podemos ser um motor de mudança, antes de tudo, mudando e transformando nossos hábitos alimentares. Por exemplo, renunciar ao plástico, reduzir embalagens, pedir mais garantias sobre a rede de produção de alimentos. Estou falando, sobretudo, de nós jovens que vivemos em países mais ricos. Mas nossos amigos e companheiros que estão caminhando conosco através da Economia de Francisco também estão fazendo muita coisa. Eles estão fazendo muito, por exemplo, ao perceberem que algumas plantações podem tornar as pessoas ainda mais pobres. De fato, elas podem empobrecer a terra e, portanto, são uma visão míope e de curto prazo. Outras plantações, por outro lado, poderiam fazer a terra render mais, especialmente a longo prazo, e assim garantir alimentos para todos.
FONTE: VATICAN NEWS
Source: Igreja no Mundo