O que vale é a intensidade daquilo que idealizamos, vivemos e plantamos!
Revigorados pela força de Jesus Ressuscitado, seguindo nossa caminhada de fé, imploramos ao Senhor que nos mantenha unidos e perseverantes no caminho da esperança e da paz.
Em meio a tantos desafios, somos chamados a “permanecer” unidos à videira verdadeira que é o Cristo Jesus”. Nele encontramos a razão da missão e do testemunho que nos estimula no discipulado. “Permanecei em mim e eu permanecerei em vocês” (Jo 15,4).
O tempo litúrgico que estamos vivenciando, revestido de “alegrias e profundas reflexões”, nos ajudam a compreender o Mistério de Deus presente na comunidade reunida. Aprendemos com Jesus que a Vida é bem mais forte que a morte – Páscoa; que sua ausência física não nos deixa solitários – Ascensão; e que o Espírito em nós derramado dissipa o medo e nos envia em missão – Pentecostes.
Momento de caminhada que nos ajudam na concretização da missão diária, onde somos convidados a evangelizar, levar a Boa Notícia – o Evangelho, e construirmos um tempo novo, onde reine a participação, a justiça e a paz. Esta novidade de Deus é agora assumida pela comunidade unida em oração e regada com o amor misericordioso que nos sustenta.
Tudo isso é um processo crescente, onde vamos descobrindo a beleza da comunidade, e reacendendo o desejo de uma vida pastoralmente inserida na realidade concreta do povo. Como falar do Mistério da Redenção em um mundo marcado pelos sofrimentos e a morte? O que buscar, senão Jesus humano e divino, que caminha entre nós e nos deixa as marcas da sua presença e vigor? É a promessa de Jesus que ressoa nos nossos corações: “eis que estou com vocês todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28,20).
Os sonhos não nos são tirados, mas muitas vezes amadurecidos no sofrimento e na fé. Aprendemos que o tempo e os lugares não nos pertencem. O que vale é a intensidade daquilo que idealizamos, vivemos e plantamos. E assim, avançamos para o horizonte da vida que exige de nós emprenho e desprendimento.
Mais um vez, o Papa Francisco nos surpreende, convidando-nos a unirmos as nossas vozes e os corações na Oração do Rosário, percorrendo os Santuários do mundo inteiro. Sob a proteção de Maria, a Virgem de Nazaré, durante todo este mês, estamos rezando os Mistérios do Senhor, implorando pelo término dessa pandemia da Covid-19, o Corona Vírus, e que tem ceifado tantas vidas e dizimado muitas famílias. É hora de unidade, porque pela oração transformamos o mundo, aprendendo e discernindo o melhor caminho.
É tempo de escuta e maior disciplina. Hora de cuidar e de se deixar cuidar. Momento de acolher e de criar. Vejamos, “a vida espiritual que José nos mostra, não é um caminho a ser explicado, mas um caminho a ser acolhido. Somente a partir desse acolhimento e dessa reconciliação é que se torna possível enxergar também uma história mais sublime, um significado mais profundo. Só o Senhor pode nos dar força para acolher a vida como ela é, aceitando até mesmo as suas contradições, imprevistos e desilusões.” (Patris Corde, p.15).
Que Nossa Senhora da Esperança, a Mãe do Belo Amor, nos inspire e nos conduza aos cuidados do Bom Jesus, e que Ele nos ensine a bem viver e consumir os nossos dias na gratuidade e na entrega.
Fraternal abraço e muitas bênçãos.
Pe. Roberto Alves Marangon, “o menor entre vós”
Pároco