Encontro organizado por Estados Unidos reúne por dois dias, de forma virtual, cerca de 40 líderes mundiais e pretende reforçar os esforços para limitar o aumento da temperatura global em 1,5 grau Celsius até o final do século.
Uma iniciativa que coloca a humanidade a caminho através dos seus líderes: assim o Papa Francisco definiu o Encontro de Cúpula de Líderes sobre o Clima, organizado pelos Estados Unidos, por ocasião do Dia Internacional da Terra.
Para o Pontífice, o evento que se realiza de 20 a 22 de abril direciona concretamente para a reunião de Glasgow e não só, mas para que nos façamos cargo da proteção da natureza, “deste dom que recebemos e temos que cuidar, custodiar e levar avante.
O significado se torna ainda maior, prossegue o Papa, porque é um desafio que vivemos na era pós-pandemia, com a finalidade de termos um meio ambiente mais limpo, mais puro e preservado.
“Cuidar da natureza para que a natureza cuide da gente”, encorajou o Papa, fazendo votos de bom êxito aos participantes do evento.
A iniciativa reúne por dois dias, de forma virtual, cerca de 40 líderes mundiais e pretende reforçar os esforços para limitar o aumento da temperatura global em 1,5 grau Celsius até o final do século.
Dia da Terra: “Estamos no limite. É hora de agir”, afirma o Papa
Não temos mais tempo para perder, como demonstram duas catástrofes globais: o clima e a Covid. Na videomensagem em espanhol para o Dia Internacional da Terra, o Papa Francisco renova seu convite a agir para preservar o meio ambiente.
A mensagem tem início com um apelo para não deixar cair no esquecimento as já conhecidas recomendações para tutelar o planeta. “Há tempos estamos nos conscientizando sempre mais de que a natureza merece ser protegida, também pelo simples fato de que as interações humanas com a biodiversidade de Deus devem ocorrer com a máxima atenção e com respeito. Aspectos estes que se tornaram ainda mais evidentes com a pandemia.”
O alerta da Covid-19
Francisco menciona o que aconteceu quando, por causa das excepcionais restrições impostas por governos nacionais para controlar a crise, o mundo mudou de ritmo. Para o Santo Padre, tratou-se de um modo “tristemente positivo” de perceber o impacto da desaceleração na natureza e nas mudanças climáticas, mesmo que por poucos meses. Em outras palavras, a mudança exige o comprometimento de todos, de formas múltiplas, mas inequivocáveis.
“É o momento de agir, estamos no limite.”
O Papa cita um antigo ditado espanhol: “Deus perdoa sempre, os homens perdoam de vez em quando, a natureza jamais perdoa”. E quando tem início esta destruição da natureza, é muito difícil parar.
“Mas ainda estamos em tempo”, afirma confiante Francisco. E seremos mais resilientes se trabalharmos juntos ao invés de fazê-lo sozinhos.
Para o Pontífice, a adversidade que estamos vivendo com a pandemia, e que já sentimos na mudança climática, deve nos impulsionar a inovar, a inventar, a buscar novos caminhos. De uma crise não se sai iguais, repetiu. Saímos melhores ou piores. “Este é o desafio. E se não sairmos melhores, percorreremos um caminho de autodestruição”, adverte.
Mas ainda há tempo
A humanidade, portanto, pode mudar o decurso dos eventos para proteger a Criação. Francisco renova seu apelo a todos os líderes do mundo para que atuem com coragem, com justiça e digam sempre a verdade às pessoas, para que saibam como se proteger da destruição do planeta e como proteger o planeta da destruição.
Fonte: Vatican News
Foto: Vatican Media
Source: Diocese