Como uma ação mensal do Ano de São José e do Ano Família Amors Laetitia, a Diocese de Santo André, por meio do Setor Família, promove neste sábado (19/06), às 15h, a 4ª edição do Terço Diocesano para as Famílias em louvor a São José, o pai amoroso, acolhedor e provedor das necessidades da família, com transmissão pelas mídias diocesanas Facebook e YouTube.
Na matéria especial deste mês de junho vamos abordar os capítulos 1 e 4 da Carta Apostólica Patris Corde, que apresentam três características de São José: a de um pai amoroso, aquele que provê as necessidades da família e que acolhe o projeto de Deus.
O pai amoroso
Como cita o início do capítulo 1 da Patris Corde, a grandeza de São José consiste no fato de ter sido o esposo de Maria e o pai de Jesus. Como tal, afirma São João Crisóstomo, “colocou-se inteiramente ao serviço do plano salvífico”… E de ter convertido a sua vocação humana ao amor doméstico na oblação sobre-humana de si mesmo, do seu coração e de todas as capacidades no amor colocado ao serviço do Messias nascido na sua casa, sendo assim, um santo amado pelo povo cristão.
O pároco da Paróquia São José, a Igreja Matriz de Ribeirão Pires, Pe. Ricardo José Guesser, CS, destaca dentre as virtudes abordadas pelo Papa Francisco na Patris Corde, está a de um pai amoroso, um pai que faz de tudo para que o seu filho cresça na sabedoria, na graça de Deus. “São tantas as formas de expressar este amor. Acredito que São José o expressa quando assume Maria e o seu filho Jesus. Os protege, os guarda, os acompanha ao longo da vida”, enfatiza.
O provedor das necessidades da família
Ainda no capítulo 1, um pensamento de São Paulo VI faz notar que a paternidade de São José se exprimiu, concretamente, “em ter feito da sua vida um serviço, um sacrifício, ao mistério da encarnação e à conjunta missão redentora; em ter usado da autoridade legal que detinha sobre a Sagrada Família para lhe fazer dom total de si mesmo, da sua vida, do seu trabalho.” Como qualquer pai que ama, São José também, como uma segunda característica, é aquele que provê necessidades da família. “São José provedor que é capaz de vivenciar, através do seu esforço e da sua dedicação, fazer com que a família se sinta protegida, acompanhada e fortalecida”, ressalta Pe. Ricardo.
Aquele que acolhe o projeto de Deus
No capítulo 4, a vida espiritual que José nos mostra, não é um caminho que explica, mas um caminho que acolhe. Só a partir deste acolhimento, desta reconciliação, é possível intuir também uma história mais excelsa, um significado mais profundo, diz o texto da carta apostólica. A Patris Corde ainda diz que José não é um homem resignado passivamente. O seu protagonismo é corajoso e forte. O acolhimento é um modo pelo qual se manifesta, na nossa vida, o dom da fortaleza que nos vem do Espírito Santo. Só o Senhor nos pode dar força para acolher a vida como ela é, aceitando até mesmo as suas contradições, imprevistos e desilusões.
“Essa é uma terceira característica de São José. É aquele que acolhe. Acolhe o projeto de Deus na pessoa de Maria e Jesus, e leva a frente essa missão. Não sem dificuldades, mas com o coração aberto, acolhedor, sabendo que o projeto de Deus se realiza através e com ajuda Dele”, sintetiza Pe. Ricardo.
Características fundamentais na vida de cada pessoa
“Quem não quer a experiência de um pai amoroso e um pai que provê as necessidades da família, e um pai que acolhe?”, indaga Pe. Ricardo. Segundo ele, infelizmente são observados tantos sinais nos tempos atuais, de pais que não conseguem desempenhar essas atitudes. “Mas com certeza devemos perseguir em nossas vidas, essas características para que sejamos fraternos, acolhedores, a exemplo de São José , que ele intercede por cada um de nós e que possamos desenvolver relações cada vez melhores, uns com os outros, procurando amar, acolher e prover, de forma que São José seja a nossa inspiração e o nosso guia”, propõe Pe. Ricardo.
E na conclusão do capítulo 4 da Patris Corde, não há inspiração melhor para colocar em prática essas características e que nos leva a refletir, de fato, como acolhemos o próximo em nossas vidas.
“O acolhimento de José convida-nos a receber os outros, sem exclusões, tal como são, reservando uma predileção especial pelos mais frágeis, porque Deus escolhe o que é frágil (cf. 1 Cor 1, 27), é “pai dos órfãos e defensor das viúvas” (Sal 68, 6) e manda amar o forasteiro. Posso imaginar ter sido do procedimento de José que Jesus tirou inspiração para a parábola do filho pródigo e do pai misericordioso (cf. Lc 15, 11-32).”
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Source: Diocese