Uma bela celebração foi organizada para comemorar o jubileu de 60 anos da Paróquia Santa Maria, localizada no bairro Demarchi em São Bernardo do Campo. Toda a comunidade se reuniu para dar início à celebração com a Santa Missa.
O bispo diocesano, Dom Pedro Carlos Cipollini, presidiu a celebração, acompanhado pelo pároco Padre Francinaldo de Sousa Justino, pelo coordenador regional de pastoral Padre Geraldo dos Santos e pelo Padre Vagner Franzini, que esteve na comunidade de 2020 a 2022.
O bispo saudou os padres presentes, o diácono, os seminaristas, o povo de Deus e as famílias que foram pioneiras na criação da comunidade e continuam atuantes na vida pastoral. O diácono Guido Evaristo proclamou o Evangelho e o bispo diocesano iniciou sua homilia refletindo sobre a missão de Jesus:
“Jesus, no Evangelho, fala sobre a missão que veio cumprir. Ele é o Cristo, aquele que foi ungido para exercer essa missão enviada pelo Pai, sendo a salvação da humanidade. No entanto, ao contrário do que muitos imaginavam, Jesus não usou seu poder para se impor, dominar ou causar medo. Ele veio com o reinado do amor, que se coloca a serviço dos irmãos, assim como o amor de uma mãe pelo seu filho, servindo e cuidando por amor. Todos nós somos filhos e filhas de Deus, e Ele quer a salvação de todos nós, mas também deseja que O amemos.”
Dom Pedro continuou falando sobre a missão de Jesus de evangelizar os pobres e aqueles que estão sofrendo as consequências do pecado, da injustiça e de tudo que vai contra a vontade de Deus:
“Ele deseja evangelizar também aqueles que se tornaram pobres de coração, para levar a mensagem de Deus. Essa mensagem está presente no Pai Nosso que iremos rezar, e nela está tudo o que Deus espera de nós: que O reconheçamos como um pai bondoso, que santifiquemos o Seu nome e cumpramos Sua vontade para o nosso bem, vivendo em um mundo justo e fraterno.”
Ao concluir sua homilia, o bispo afirmou:
“Devemos celebrar nossa fé por meio da liturgia e ser acolhedores daqueles que desejam conhecer melhor Jesus. A comunidade paroquial deve ser sempre um polo missionário, não uma comunidade fechada em si, mas uma comunidade aberta, acolhedora e comprometida com a missão. Devemos ser unidos e sem divisões, pois Jesus disse: ‘Se vos amardes, todos saberão que sois meus discípulos’.”
Ele ressaltou que o verdadeiro elogio que uma comunidade pode receber não reside em grandes festividades, mas sim em sua vida de oração e união. Expressou gratidão a Deus pela salvação que temos em Jesus, assim como pela celebração do Jubileu de 60 anos da Paróquia Santa Maria, destacando a importância de caminhar em harmonia com a diocese. Também expressou gratidão a todos os que trabalharam na construção do Reino de Deus e aos padres que serviram junto aos fiéis.
Após a comunhão, Dom Pedro abençoou as duas imagens de Santa Maria que serão colocadas na igreja e no salão paroquial. O Padre Francinaldo agradeceu à comissão responsável por celebrar o jubileu, aos padres presentes e ao bispo diocesano por celebrar essa data tão importante para a paróquia. Ele também agradeceu aos seminaristas que são filhos dessa paróquia, às famílias que perseveraram na caminhada da comunidade e a todos os presentes, enfatizando que são comunidades de comunidades e agradeceu pela acolhida e por estarem juntos na missão de levar a Palavra de Deus aos que mais necessitam.
Conheça a história da Paróquia Santa Maria
A paróquia completou 60 anos e teve seu início em 1953, dez anos antes, por iniciativa da família Demarchi e outros imigrantes residentes no bairro. Naquela época, as famílias que moravam aqui participavam das missas dominicais na Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem, seguindo a pé pelos caminhos de terra existentes.
Muitas vezes, devido ao mau tempo, era necessário levar um par de calçado extra para que, na metade do caminho, pudessem parar no riacho existente (onde hoje está o Mercado Atacadão) para lavar e deixar secando os sapatos sujos, a fim de utilizá-los na volta para casa.
O pároco da Matriz Nossa Senhora da Boa Viagem, Padre Fiorente Elena, observando a dedicação do povo, sugeriu a construção de uma capela na região para facilitar. Foi solicitado que encontrassem um terreno propício para a construção, e o Sr. Andrea Demarchi, dono de alguns terrenos na região, ofereceu um deles para doação.
Durante visitas à região, Padre Fiorente, Dom Jorge e familiares de Andrea Demarchi começaram a buscar o terreno. O terreno escolhido foi o que ficava no topo do morro existente na época, pois remetia às práticas de Jesus, que subia o monte para orar.
Assim, deu-se início à construção da igreja, que foi erguida com a doação das famílias que moravam no local. O Padre Fiorente também doou parte do altar-mor de madeira, oriundo da antiga Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem, que continua presente em nossa igreja como patrimônio histórico.
A primeira celebração ocorreu em 1956, mesmo com a construção ainda não completa. A paróquia foi criada em 20/06/1963, tendo como seu primeiro pároco o Padre Ceslau, que permaneceu até 1975. Em seguida, assumiram o Padre Ladislau e o Padre Celso, que ajudou o Padre Ladislau durante o ano de 1976.
Em 02/01/1977, o Padre José Aguirre assumiu a paróquia, permanecendo por 37 anos à frente dela, até 08/02/2014. Durante esse período, foram construídas várias igrejas em toda a região de Anchieta, praticamente todas as que temos hoje.
Em 09/02/2014, o Padre Gonise Portugal da Rocha assumiu a paróquia, permanecendo até 07/12/2020, quando o Padre Vagner Franzini assumiu. O Padre Vagner permaneceu até 26/11/2022. Em 27/11/2022, o Padre Francinaldo de Sousa Justino assumiu como pároco, tendo como vigário o Padre Lúcio de Souza Pinho Neto, que ficou conosco até 03/06/2023.
Nestes 60 anos, muitas foram as vocações oferecidas à igreja, tanto no âmbito diocesano como para comunidades de vida, fraternidades e conventos.
Também recebemos durante alguns anos, vários seminaristas para seus estágios pastorais. Esperamos continuar em sintonia com a nossa diocese, com a Igreja de Cristo.
Source: Diocese