É meio incerta a existência histórica de Brás, bispo de Sebaste, na Armênia. Não obstante isso, é muito popular pela bênção da garganta. Lemos na sua Paixão que enquanto ia ao martírio, uma senhora, cujo filho engasgado com uma espinha de peixe estava morrendo, prostrou-se a seus pés e o santo concentrou-se em oração passando a mão na cabeça do menino. O menino sarou imediatamente. Desde então ele é o protetor da garganta contra qualquer mal.
Por isso o calendário litúrgico conservou a memória do santo neste dia, embora haja muita lenda a seu respeito. Ele foi bispo de Sebaste no início do século IV e sofreu a perseguição de Licínio, o colega do imperador Constantino. Pode, portanto, ser considerado um dos últimos mártires cristãos. Era o ano 316. São Brás, perseguido, retirou-se para uma gruta.
A lenda, como sempre, enfeita com muitos particulares a vida do santo velhinho, cercado de animais da floresta, que eram amigos especiais trazendo-lhe até comida. Os caçadores o encontraram e apontaram-no como um malfeitor levando-o à prisão na cidade. Não obstante os milagres realizados, o santo foi condenado por não querer renegar Cristo e sacrificar aos ídolos. Teve suas carnes rasgadas com pentes de ferro. Suportou tantos suplícios até que lhe cortaram a cabeça.
Hoje o calendário faz lembrar também outro santo: Oscar, o apóstolo da Europa do Norte. Evangelizou praticamente todos os países do norte. Era monge beneditino, em Corbie. Foi o primeiro bispo de Hamburgo. Com suas pregações até o rei da Suécia se converteu ao catolicismo. Morreu a três de fevereiro de 865, coroando uma vida não muito longa, mas vivida intensamente a favor da causa de Cristo e do Evangelho. Ao norte da Europa ainda é muito popular.
Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.
FONTE: PAULUS
Source: Igreja no Mundo