Os ecologistas talvez não simpatizem muito com este santo, pois durante uma caçada de lebres e faisões pôs fogo numa floresta.
Os colonos se revoltaram porque tiveram muitos prejuízos. O governador, Galeazzo Visconti, condenou à morte o primeiro suspeito, que na ocasião estava no bosque. O verdadeiro culpado, Conrado Confalonieri, quando soube que um inocente pagaria por ele, confessou-se culpado e se propôs a pagar tudo. Assim fez, tornando-se muito pobre. Mas ninguém conhece os caminhos do Senhor. O caçador incendiário ingressou na Ordem Terceira de São Francisco. Em 1315 abandonou a esposa, Eufrosina, que não quis perder para o marido e se fechou no convento franciscano de santa Clara de Placência.
Ele continuou, também como frade, sua vida de cigano, trocando de mosteiro a cada momento. Mas era muito bom e piedoso. Passou para além do estreito de Messina; em 1343 chegou a Siracusa e estabeleceu-se na cidade de Noto.
Escolheu como habitação uma cela ao lado da igreja do Crucifixo. A fama de sua santidade seguia-o como a sombra e comprometia a paz e o silêncio de que tanto gostava.
Quando percebeu que as muitas visitas perturbavam sua vida de oração, frei Conrado levantou acampamento e foi humildemente para uma solitária gruta dos Pizzoni, que foi depois chamada de gruta de são Conrado. Aí morreu a 19 de fevereiro de 1351.
Pela veneração que os notoenses têm para com o eremita, oriundo de sua terra natal (Placência), a morar no meio deles, frei Conrado foi sepultado na mais bela entre as esplêndidas igrejas de Noto: a igreja de são Nicolau que em 1844 tornou-se a catedral da nova diocese. Assim Conrado abandonou a vida de incendiário de floresta e teve a vida toda incendiada no amor de Deus e para o bem das almas.
Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.
FONTE: PAULUS
Source: Igreja no Mundo