O Mistério Pascal é considerado o fato primordial da nossa fé e o centro de todas as celebrações litúrgicas cristãs. A liturgia da Semana Santa não é um simples jogo de representação teatral, pelo contrário, atualiza sempre o único Mistério Pascal que não pode ser fragmentado.
O Vaticano II restaurou a ordem dos domingos da Quaresma, o quinto domingo da Quaresma começou a se chamar Domingo de Ramos, a liturgia romana integrou nesta celebração a entrada de Jesus em Jerusalém.
Nossa comunidade participou ativa e piedosamente, saímos da Praça Jardim Aurora – SBC – as 6h30, em procissão rumo a nossa paróquia, dando início a essa celebração tão rica, tão cheia de simbologia, que nos introduz nesse mistério.
A celebrações da segunda-feira e terça-feira da Semana Santa não remontam aos primeiros tempos da liturgia da Igreja, tiveram um formulário próprio de missa conforme o Sacramentário Gelasiano. Na quarta-feira, tinha uma celebração em que se fazia ao menos uma liturgia especial da Palavra. Em nossa comunidade, na segunda-feira após a Santa Missa, acompanhamos a procissão do Depósito das Imagens, onde as famílias com muita alegria as receberam. A imagem de Nossa Senhora das Dores foi acolhida pelo casal Sr. João Marangoni e Sra. Terezinha Barati Marangoni em Diadema, a imagem do Senhor dos Passos foi acolhida pela família da Sra. Maria de Lourdes Noronha Melges em São Bernardo do Campo. Terça-feira tivemos uma Celebração Penitencial, ao final da qual, Pe. Dayvid atendeu confissões dos fiéis, individualmente. Quarta-feira, celebramos com muita devoção o encontro das imagens de Nossa Senhora das Dores e Senhor dos Passos, trazidas em procissão e, em seguida, a Santa Missa.
O Vaticano II introduziu algumas modificações na reforma litúrgica de 1955. A bênção dos Santos Óleos e a consagração do Crisma tornaram-se ocasião para reunir o clero em torno do bispo. A Quinta-feira Santa tornou-se um dia sacerdotal, onde todos os padres renovam as promessas sacerdotais, durante a Santa Missa. Na missa da noite, é celebrada a cerimônia do Lava-pés, recordando o exemplo de Jesus Cristo que lavou os pés dos discípulos dando-nos testemunho de serviço e humildade. É um dia de alegria, amor e gratidão. Celebra-se também a Ceia do Senhor, na qual Ele nos dá o Pão da Vida e o Vinho da Salvação.
Na Sexta-feira Santa celebramos a morte de Jesus, é o único dia do ano que não celebra-se a Santa Missa. A reforma litúrgica de Pio XII, em 1955, introduziu a comunhão aos fiéis. Havia a possibilidade de se fazer a liturgia da Palavra de manhã, a veneração da cruz e comunhão para a tarde, mas os motivos pastorais exigiram que se fizesse apenas uma cerimônia, para não obrigar as pessoas a se reunirem duas vezes no mesmo dia. Como de costume, das 6h as 15h, realizamos a Vigília ao Santíssimo Sacramento, onde os fiéis fazem suas orações durante todo o dia diante de Jesus Eucarístico. Após a celebração das 15h, Adoração à Santa Cruz, saímos em procissão com o Senhor Morto, com muita piedade, acreditando que a morte não é a última palavra.
Celebrar o Sábado Santo é celebrar a Ressurreição de Jesus, a vida que vence a morte, a Luz que brilha nas trevas. “Por que estais procurando entre os mortos aquele que está vivo?”
Domingo da Páscoa: “A pedra que os pedreiros rejeitaram tornou-se a pedra angular.” A Páscoa do Senhor é também a nossa, é o ponto central da nossa fé.
Verdadeiramente Cristo ressuscitou! Aleluia, aleluia!
Fonte: Vivendo a Semana Santa
Por: Risocleide Matos
Pascom Bom Jesus