Nossa Diocese, desde que concluiu sua caminhada sinodal, tem como eixo do trabalho pastoral duas dimensões, a acolhida e a missão. Isso nos provoca no serviço pastoral em nossas comunidades, mostrando a necessidade de ter consciência de que a missão é uma característica constitutiva da nossa fé. Todo batizado é discípulo missionário. Mas acontece que precisamos também amadurecer em um ponto importante: Não se trata de fazer missão, como se ela fosse uma tarefa, com começo meio e fim, mas sim de se reconhecer em estado permanente de missionários. O 8º Plano de Pastoral, que está em prorrogação, e que nos ajuda a pensar a ação evangelizadora em nossas paróquias, nos recorda como meta: “Ser uma Igreja que fortaleça a cultura
e a espiritualidade do acolhimento em permanente ação missionária”
Neste mês de outubro, guiados pelas Pontifícias Obras Missionárias, como tradicionalmente acontece, celebramos o mês dedicado ao trabalho missionário da Igreja. Todo trabalho de evangelização em nossa diocese é essencialmente missionário.
O tema que nos orienta na campanha missionária deste ano é: “Ide! Da Igreja local aos confins do mundo”. Ou seja, saiamos, sejamos Igreja em saída, atendendo o apelo do Papa Francisco, sendo Igreja acolhedora e missionária, a começar da nossa Diocese de Santo André em suas 106 paróquias, sendo comunidade de comunidades, até as realidades que ainda não conhecem Jesus.
O lema é inspirado no Ano Vocacional que estamos vivendo na Igreja do Brasil, que foi recordado pelo Papa Francisco em sua mensagem para o dia mundial das missões: “Corações ardentes, pés a caminho” Em sua mensagem, o Santo Padre coloca a atenção sobre o encontro com Jesus Ressuscitado como a motivação central do ser e agir missionários. Atendendo esse apelo, e
estando em sintonia com o que nos orienta o Centro de Pastoral, por meio da articulação do plano de pastoral, o COMIDI, Conselho
Missionário Diocesano, vem organizando uma iniciativa missionária em nossas dez regiões pastorais, a fim de retomarmos o estado permanente de missão, muito afetado no período da pandemia.
Cerca de 1.200 missionários se preparam para percorrer, no final de semana do dia 21 e 22 deste mês, dez paróquias, uma em
cada região pastoral. No pós pandemia, estamos nos reunindo para fortalecer, para aprendermos com essa experiência que
marcará a vida de cada discípulo missionário que participará da proposta. No próximo ano, no mesmo período de outubro, todas
as paróquias de nossa Diocese também deverão realizar iniciativas missionárias, manifestando comunhão com a caminhada
sinodal que percorremos. Ao longo das formações realizadas como pré-missão nas dez regiões pastorais, os missionários
enviados por seus padres, puderam aprender um pouco mais o modo como se abordar e quais os cuidados para as diferentes
realidades que serão encontradas. Com uma média de cem missionários por região, todas dez regiões estarão em comunhão, vivendo a sinodalidade como base desta importante inciativa. Sairemos juntos, como Igreja, desejando concretizar o sonho missionário de chegar a todos!
Nosso coração se alegra, e nossos pés se colocam a caminho, buscando compreender a realidade que iremos encontrar, mas o desejo é que com os pés no chão possamos olhar para o céu, pois o trabalho missionário não é nosso, e sim ação do Espírito Santo, que guia a sua Igreja, como faz desde Pentecostes.
Reflitamos por um instante: A Missão de doze corajosos homens, movidos pelo Santo Espírito foi tão fecunda, que chegou até cada
um de nós, nos atingiu, por que ficarmos então recolhidos? Sem anunciar com alegria Jesus e sua Igreja? Que cada um de
nós reconheça que o estado permanente de missão é um sinal da presença do Espírito. Reconheça que a sinodalidade é o melhor caminho para percorrer as diferentes realidades, caminhando juntos, na missão de sermos autênticas testemunhas de Cristo, Nosso Senhor.
Pe. Jorge Luis
Paróquia Maria Mãe dos Pobres e Assessor do COMIDI
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