Em celebração ao sétimo aniversário do Tribunal Eclesiástico da Diocese de Santo André, ocorrido em 18 de novembro de 2023, o bispo diocesano e moderador do tribunal, Dom Pedro Carlos Cipollini, presidiu uma Santa Missa em 28 de novembro na Catedral Nossa Senhora do Carmo.
A celebração contou com a presença dos membros e diretoria do tribunal, do vigário judicial, Padre Jean Rafael Eugênio Barros e do vigário geral, Padre Joel Nery.
Dom Pedro enfatizou a relevância do Tribunal Eclesiástico Diocesano na promoção da justiça e na construção de uma vida comunitária plena, baseada nos ensinamentos cristãos. Ele destacou a importância de discernir entre as justiças divina e humana, e, através da alegoria da estátua no Livro de Daniel, contrastou a efemeridade dos reinos terrenos com a eternidade do Reino de Deus.
Dom Pedro explicou como Jesus Cristo, representado pela “pedra rejeitada”, estabeleceu um reino de solidariedade, justiça e paz, oposto aos reinos fundados em poder e opressão. Ele abordou as diferenças entre a justiça humana, frequentemente desprovida de fraternidade e misericórdia, e a justiça divina, que promove liberdade e igualdade genuínas. Além disso, destacou a importância de acolher o Reino de Deus nas vidas pessoal e comunitária e alertou contra o engano das falsas aparências.
Elogiando o tribunal por ser mais do que uma entidade burocrática, Dom Pedro o reconheceu como um órgão pastoral essencial para a fé comunitária:
“Quero parabenizar o trabalho do nosso tribunal, um trabalho árduo, difícil, complexo, mas que tem crescido com a garra, o empenho de todos os que lá trabalham. Fico muito contente de ver que o tribunal eclesiástico da Diocese ele tem cumprido a sua função nesta perspectiva do Reino de Cristo, que não pode ser perdida nunca, porque o tribunal não é um órgão burocrático, mas é um órgão pastoral, assim como o próprio direito canônico. Ele tem uma função pastoral e quem ama a Igreja, ama a pastoral, ama o Reino, vai se empenhar com muito amor, muita simplicidade, para que, através desse humilde serviço da Igreja, o Reino de Cristo se torne presente.”
Padre Jean Rafael, no encerramento da celebração, enfatizou o papel do tribunal na evangelização e a sinergia entre misericórdia e justiça no funcionamento do tribunal, a importância dos sacramentos e descreveu o tribunal como um instrumento de reconciliação e transformação espiritual:
“Olhando desta forma misericordiosa para procurar a honra divina e a salvação das almas que somos convidados, todos nós oficiais e servidores do tribunal, a reconciliar, a fazer com que a ovelha tome consciência de suas misérias para voltar se para Deus e estar a serviço da Igreja, reintegrando a à comunhão dos fiéis, novamente na participação de uma vida, de uma vida sacramental da Igreja Católica Apostólica Romana.”
O bispo agradeceu aos membros e diretores do tribunal, e destacou a evolução do tribunal desde a sua fundação e sua independência do Tribunal de São Paulo e a relevância de ouvir e atender às necessidades dos fiéis. Enfatizando a caridade como princípio norteador do tribunal, Dom Pedro concluiu com uma reflexão sobre a justiça e a paz no contexto da pastoral da Igreja.
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