Em Pentecostes, cinquenta dias após a Páscoa, narra os Atos dos Apóstolos, no capítulo dois, a vinda do Espírito Santo sobre os apóstolos, reunidos no Cenáculo. A partir deste evento, a Igreja surge com força, pois ela só existe como obra do Espírito Santo, que nela habita e a dinamiza (cf. 1Cor 3,16;6,9).
O Espírito Santo derrama seus dons nos corações das pessoas para conduzi-las à salvação. Ele nos anima e encoraja, por isso é chamado de paráclito, que quer dizer: força, alento, conforto.
E a Igreja é o instrumento privilegiado do Espírito Santo no mundo. No Novo Testamento, aparece 376 vezes a menção ao Espírito Santo, o próprio Jesus mandou batizar: “Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28,19). Palavras sábias sobre o Espírito Santo foram proferidas pelo Patriarca de Antioquia, Ignácios Hazim, que se tornaram clássicas: “Sem o Espírito Santo, Deus fica distante; Cristo permanece no passado; o Evangelho é letra morta; a Igreja uma simples organização; a autoridade, um domínio; a missão, propaganda; o culto, uma simples recordação, e a prática cristã, uma moral de escravos. Mas, no Espírito Santo, o Cosmo é elevado e geme nas dores do parto do Reino; o homem luta contra a carne. Então: Jesus Ressuscitado está aqui; o Evangelho é
potência de vida; a Igreja significa comunhão trinitária; a autoridade é serviço libertador; a missão é um Pentecostes; a liturgia é memorial e antecipação e a ação humana é divinizada”.
Invoquemos o Espírito Santo todos os dias em nossa vida, para nos iluminar e transformar a face da terra dizendo: Vinde Espírito Santo!
Dom Pedro Carlos Cipollini
Bispo de Santo André
*Artigo publicado no Folheto ABC Litúrgico de 24/05/2021
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