E assim vamos encerrando o Tempo Pascal. Jesus, na sua ascensão, abre para nós as portas da eternidade e, com o envio do Espírito Santo, não nos abandona, mas permanece conosco para sempre.
Tempo de grandes solenidades, tão queridas e marcantes, nos ajudando a entender a bonita missão da Igreja. Nascemos sob o alicerce dos apóstolos e fundamentados pela pedra angular que é o Cristo, o ungido de Deus. “Ali ergueu as mãos e abençoou-os e em seguida voltaram para Jerusalém, com grande alegria, e estavam sempre no templo, bendizendo a Deus.” (Lc 24, ).
Fortalecidos e animados pelo Espírito Santo, somos enviados em missão pelo mundo “Como o Pai me enviou também eu vos envio” (Jo 20,22). Chegou a nossa vez, cada um com seus dons e carismas, somos convidados a formarmos uma nova comunidade.
Unidos na perfeita comunhão da Trindade, queremos viver e esperar, porque “Quando ele vier, o Espírito da Verdade, vos guiará em toda a verdade” (Jo 16,13). Eis aí uma grande proposta de unidade.
Sedentos de amor, vamos à mesa do Senhor, onde Ele nos ensina a partir e partilhar o Pão: “pegou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos ao céu, pronunciou sobre eles a bênção, partiu-os e os deu aos discípulos para que os distribuíssem à multidão”. (Lc 9,15-16).
Acolhidos e amados, somos aconchegados ao Sagrado Coração de Jesus, “Alegrai-vos comigo! Encontrei a ovelha que estava perdida” (Lc 15,9). Na procura de sermos uma comunidade acolhedora e misericordiosa, vamos buscando sinais de esperança e paz.
Estamos vivenciando as bonitas festas populares juninas. Com Santo Antonio, buscamos o “pão em todas as mesas”, com São João Batista, o precursor nos “apontando o Cordeiro” e São Pedro e São Paulo, as colunas da Igreja, vivenciando o mistério da fé. Festas na igreja e festas em nossas praças. Momentos de confraternização e grande alegria.
Celebramos e vivemos em comunidade para evangelizar. Recebemos e acolhemos a mensagem de Jesus para levar ao mundo a proposta de um Reinado de Amor e Paz. Em contrapartida, estamos vivenciando momentos desafiadores, onde os direitos são desrespeitados, as conquistas destruídas, o meio ambiente e as condições de vida degradadas pela ganância do capital. O apelo por mais vida clama em nossos corações. Estejamos atentos e sejamos críticos, não nos deixando intimidar pelo medo que paralisa e destrói, mas aproveitando as oportunidades de participação e ação.
Em meio a tantos desafios, somos chamados a expressar e vivenciar gestos de fraternidade, favorecer momentos de construção do bem comum, marcas que nos acompanham como cristãos.
Que a paz e a alegria nos animem pelo caminho da vida e o Bom Jesus nos sustente e nos alimente, “caminhando juntos”, em busca de luzes e esperança.
Pe. Roberto Alves Marangon, “o menor entre vós”
Pároco