“A mulher foi e fez o que disse Elias. Durante muito tempo, ela e seu filho, além de Elias, tiveram o que comer. A farinha não se acabou na panela nem se esgotou o óleo da ânfora, como o Senhor o tinha dito pela boca de Elias.” IRs, 17;15,16
Esta passagem Bíblica narra a história de uma viúva em Sarepta que, em tempos de extrema escassez, foi desafiada a confiar nas promessas de Deus através do profeta Elias. A história oferece um poderoso exemplo de como a obediência e a fé se entrelaçam, especialmente no contexto de entrega e partilha. Ao refletir sobre a prática do dízimo, podemos discernir lições valiosas sobre a virtude da obediência e sua relação com a providência divina.
A viúva enfrentava uma crise: ela tinha apenas um punhado de farinha e um pouco de azeite, recursos insuficientes para sustentar a si mesma e seu filho. Elias, movido pela palavra de Deus, pede a ela algo aparentemente ilógico e desafiador: oferecer-lhe primeiro um pedaço de pão. A princípio, essa solicitação parece insensível, pois requer dela o pouco que lhe resta. No entanto, a obediência da viúva ao pedido do profeta demonstra uma fé notável. Ela confia não apenas em Elias, mas na palavra de Deus que ele representa.
Essa atitude de entrega e confiança reflete a essência do dízimo. Dar o dízimo, mesmo em tempos de dificuldade, é um ato de obediência que reconhece Deus como o Senhor de todas as coisas. É um gesto que declara: “Confio em Ti para suprir todas as minhas necessidades.”
O dízimo, portanto, não é apenas um ato de doação, mas um exercício de fé que reforça nossa dependência de Deus. Assim como a viúva confiou na palavra de Deus ao alimentar Elias, o dizimista confia que Deus é capaz de sustentar sua vida, mesmo quando os recursos parecem limitados.
A recompensa da obediência da viúva foi a manifestação tangível da providência divina: “A farinha não se acabou na panela nem se esgotou o óleo da ânfora.” Esta abundância milagrosa é uma promessa viva de que Deus honra aqueles que, em obediência, confiam n’Ele. Da mesma forma, quem pratica o dízimo experimenta, de forma espiritual e material, a fidelidade de Deus. Embora o dízimo represente apenas uma parte de nossos bens, ele se torna um canal para que Deus manifeste Sua provisão em nossas vidas.
A obediência no dízimo não é um gesto cego, mas uma resposta de amor e confiança em Deus. Como a viúva de Sarepta, somos chamados a crer que, mesmo quando damos o pouco que temos, Deus é fiel para multiplicar. A obediência no dízimo educa nosso coração para a humildade, desapego e gratidão. Além disso, nos insere em uma economia divina onde a generosidade se torna um caminho para a experiência da providência e da bênção.
A história da viúva e do profeta Elias nos ensina que a obediência a Deus, mesmo quando parece desafiar nossa lógica humana, abre as portas para a manifestação de Sua providência. O dízimo, como ato de obediência, nos coloca nesse mesmo caminho de confiança e dependência. Assim como a viúva experimentou o milagre da multiplicação, o fiel dizimista experimenta a abundância da graça de Deus, que nunca deixa faltar aquilo de que precisamos.
Que a prática do dízimo seja, para cada cristão, um ato de obediência que testemunha a fidelidade divina e nos une mais profundamente à providência amorosa de nosso Senhor.
Seja dizimista você também.
Texto desenvolvido por Videira Mídias.