Queridos irmãos e irmãs, que o Deus da Esperança, que nos cumula de toda alegria e paz esteja com todos vocês.
Estamos entrando no tempo do Advento. Inauguramos um novo ano litúrgico na Igreja. É de tempo de espera, é tempo de esperança! Nos quatro domingos do advento, a liturgia nos orienta para o tema da espera e da esperança. Nos dois primeiros domingos, tratamos da segunda vinda de Cristo. Nesta segunda vinda, nós cremos e professamos. No credo, dizemos que cremos que o Cristo, após a ressurreição, subiu aos céus, está sentado à direita do Pai e virá um dia para julgar os vivos e os mortos. Por que esperamos este dia? Porque é o dia em que tudo encontrará sua plenitude. Esta história encontra seu fim, que não é a destruição, mas Deus. O fim de toda a criatura é seu Criador.
Nos dois últimos domingos, tratamos da primeira vinda de Cristo ao mundo. Recordamos, fazemos memória daquele tempo em que o Cristo nascia numa manjedoura, era visitado por pastores e reis-magos vindos do Oriente. Tempo em que o Filho de Deus foi apresentado como Luz que brilha nas trevas, como aquele que vem para derrubar do trono os poderosos e elevar os humildes. De certa forma, recordar a primeira vinda de Cristo nos prepara para a sua segunda vinda. Hoje, não esperamos alguém desconhecido. Nós já o conhecemos, ele já está conosco a cada dia, a cada eucaristia celebrada. Esta espera é, na verdade, um tempo em que renovamos a nossa fé e nos propomos a permanecer fiéis ao Evangelho. Como igreja peregrina, esperamos o Cristo, como uma noiva espera o seu amado para a grande festa de casamento.
Talvez essa seja a melhor imagem para este tempo do advento. Nós, que somos Igreja, que somos a esposa, esperamos o nosso amado, Cristo Jesus.
Que nós tenhamos um bom advento, um bom tempo de espera, para que quando o Cristo vier ao nosso encontro, nos encontre com o coração aberto para acolhê-lo.
Que Deus abençoe a todos!
Pe. Dayvid da Silva